121 presos em Maringá fazem o Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio, na categoria PPL - Pessoas Privadas de Liberdade. Os detentos realizam os testes durante as tardes dessa terça (11) e quarta-feira (12). Neste primeiro dia, as provas foram de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, com 90 questões, além da redação. Nessa quarta-feira (12), as provas serão de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e de Matemática e suas Tecnologias.
Dos 121 presos, 46 são da Penitenciária Estadual de Maringá, 38 da Colônia Penal e Industrial de Maringá, 28 da Casa de Custódia, e nove da 9ª Subdivisão Policial. Na 9ª SDP, são todas mulheres.
A diretora do Ceebja, o Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, professora Vilma Biadola, é a responsável pela educação nas unidades prisionais de Maringá. Para ela, saber que têm detentos fazendo o Enem é motivo de orgulho.
Quem está preso uma hora deve sair. E é por isso que em unidades como a Cpim os detentos devem estudar e trabalhar. Na Colônia, no ano passado, dois dos detentos que fizeram o Enem conseguiram bolsas de estudos: um para engenharia civil e o outro, para Direito.
No Brasil, 41 mil pessoas privadas de liberdade, entre jovens e adultos, fazem o Enem PPL. No Paraná, são 1700 presos que fazem a prova.
O responsável pela divisão de Educação do Departamento Penitenciário no Estado, Boanerges Silvestre Boeno Filho, diz que é a educação é o caminho para a reinserção do preso na sociedade.