Este sábado é o terceiro dia da paralisação do transporte coletivo em Maringá. A frota, que é de 150 carros, já funciona normalmente aos fins de semana com 50%. Com isso, 45 ônibus estão rodando, já que 60% da frota opera neste sábado (10), segundo a TCCC (Transporte Coletivo Cidade Canção). A paralisação dos motoristas começou na quinta-feira (8), porque não havia sido feito o pagamento dos salários.
O Sinttromar, sindicato que representa os motoristas, entrou na Justiça do Trabalho com uma ação pública para que a TCCC efetue o pagamento dos salários dos motoristas, gerando multa em caso de descumprimento.
Nessa sexta-feira (9), o juiz do Trabalho Substituto Fábio Adriano de Freitas, deferiu o pedido determinando que a empresa de transporte coletivo comprove, “no prazo de 10 dias, o pagamento dos salários referentes à competência de março de 2021 (que deveriam ser pagos até o quinto dia útil de abril de 2021), dos empregados representados pelo autor, sob pena de multa diária de R$ 200,00 (duzentos reais) por empregado prejudicado, limitada a dez dias, a ser revertida a favor do sindicato autor”.
A TCCC informou à reportagem que não recebeu oficialmente a decisão da Justiça. A empresa afirmou ainda que efetuou, nessa sexta-feira (9), o pagamento de mais 30% do salário atrasado dos motoristas, que se soma aos 40% que já havia sido pagos, e que a empresa pretende pagar os outros 30% restantes na segunda-feira (12). Na quinta-feira (8), a Justiça determinou que o sindicato estava proibido de impedir a saída dos ônibus da garagem.
Ainda de acordo com a TCCC, a prefeitura decidiu não comprar mais os passes para contribuir com recursos, e auxiliar financeiramente a empresa. A reportagem contatou a assessoria de imprensa da prefeitura, que informou que vai se manifestar por meio de nota em breve.
Com toda essa situação, sofre quem depende do transporte público. Aos sábados, o horário de algumas linhas de ônibus já é mais espaçado, mas havia passageiros esperando, sem saber se o ônibus iria passar. O jeito é adaptar e ter em mente várias linhas que dariam certo para voltar para casa. Foi o caso da Sueli Nakaiama, que saiu cedo de casa para ir à feira. [ouça o áudio acima]
A Maria Prina veio de Sarandi, e o ônibus passou no horário, mas em Maringá ela continuava esperando para conseguir chegar no compromisso. [ouça o áudio acima]
Esta é a segunda paralisação dos motoristas do transporte coletivo de Maringá este ano por falta de pagamento de salário. Em fevereiro, a greve durou nove dias.