Por que você vai ao cemitério? Para visitar um familiar que está enterrado, é óbvio. Maria Aparecida Corsi faz este caminho obvio toda vez que vem ao cemitério.
Mas um cemitério pode te surpreender. Nas lápides, nas fotografias, nas datas... existe muita história. Quem foram as pessoas que estão ali? Em que época viveram? O que a morte delas significou? É esse passeio pela história que a visita guiada pelo Cemitério Municipal de Maringá, promovido pela Secretaria de Cultura, oferece. Nós acompanhamos neste sábado, o terceiro city tour pelo cemitério. A historiadora Veroní Friedrich conduziu o grupo de visitantes. Na esplanada dos prefeitos a história de Américo Dias Ferraz, que ficou lembrado não só pela atuação na política, mas por um episódio que ganhou destaque nas páginas policiais.
9 ex-prefeitos estão enterrados no Cemitério Municipal. Os túmulos deles contam a história política da cidade. Mas e a história social? Também está aqui. O túmulo de Fabíola Coalio, que morreu aos 13 anos atropelada na Avenida Colombo, nos lembra do nosso sempre problemático trânsito. A história da violência está viva nos túmulos de Clodimar Pedrosa Lô, torturado pela polícia, Marcia Constantino raptada e violentada e Arthur Salomão atingido no colo da avó por uma bala disparada por um traficante.
E a história religiosa de Maringá também pode ser contada neste passeio. O túmulo do padre Bernardo é um dos mais visitados. Marcia Lupion conhece bem a história de Padre Bernardo, personagem da tese de doutorado dela.
Claudia Bratti descobriu no passeio que o assassino de Marcia Constantino está preso hoje em dia na cidade da família dela.
E depois deste passeio ir ao cemitério nunca mais terá apenas um significado para a Maria Aparecida.
Para se inscrever no City tour histórico é preciso entrar em contato com a Secretaria de Cultura de Maringá. O telefone é o 3218 6100.