31 de dezembro. Último dia de 2018.
Estivemos juntos aqui na CBN durante 220 dias.
A CBN Maringá e o ‘Assunto é Política’ marcaram o meu 2018. Sou grato à direção, pelo convite, à Elci, Gilson e Luciana pelo apoio, paciência e ensinamentos.
De forma especial a você, minha ouvinte, meu ouvinte, razão primeira e única do nosso trabalho. Muito obrigado pela companhia, pelas mensagens e sugestões. A participação de vocês é essencial.
De forma geral, 2018 foi um ano agitado, mas foi generoso em coisas boas. A democracia e a eleição, por exemplo.
Muitas coisas que não aconteceram neste ano que está terminando precisamos cobrar dos poderes públicos. Porém, será que houve coisas que não aconteceram por nossa culpa e responsabilidade?
A cidade poderia estar mais limpa? Nós contribuímos para isso? Mesmo que tenham existido falhas da Prefeitura, e eles existiram, cada um de nós pode contribuir para uma cidade sem plásticos, garrafas, embalagens de chocolate, balas, lanches, papeis e papeizinhos jogados nas calçadas, canteiros, praças.
Pagamos nossos impostos? Podemos lutar e defender um município, um estado e um país com menos impostos a pagar, mas o que está estabelecido, é regra, precisamos fazer a nossa parte.
Esta é a tal de cidadania. A parte dos nossos deveres em contrapartida aos nossos direitos.
Na mesma caminhada vamos encontrar a solidariedade. Em Maringá, e gosto de falar sobre responsabilidade social e generosidade, milhares se dedicaram voluntariamente, a maioria de forma anônima, ajudando entidades, instituições, famílias e pessoas.
Estamos entre estes milhares?
Às vezes, quando reclamamos, esquecemos de ver se cumprimos a nossa parte. Se estamos em dia com a nossa família, nossos amigos, nossa comunidade, nossa cidade. Creio que tudo pode ser melhor no Ano Novo se nós contribuirmos, mesmo que seja só um pouquinho, para este tempo melhor.
E 2019? Será o ano do novo Terminal Urbano ficar pronto? O que vai mudar nos governos Ratinho Junior e Jair Bolsonaro? O que vai acontecer?
Em uma conversa com Janaína Pachoal, Jair Bolsonaro disse que "o importante não é o que vamos fazer, mas o que vamos desfazer".
O Brasil tem uma década e meia de lixo a ser removido. Tem gente que defende que o país se prejudica mais com o que faz do que com as coisas que não faz. A lista de demências é enorme, tudo em nome de “projetos estruturantes” e “políticas públicas” que só tem servido para transferir dinheiro publico para a iniciativa privada, leia-se “para os amigos do poder”.
Mas a redução do estado não será tarefa fácil. Cada privilégio deletado custará lamúrias e esperneio.
As Câmaras Municipais do Brasil, que concentram 82% dos políticos eleitos no país, gastaram, no ano passado, R$ 14 bilhões e 665 milhões, ou seja, quase R$ 15 bilhões. Detalhe: este valor corresponde aos dados de apenas 4.759 municípios dos 5.570 existentes.
No país existem 800 Câmaras Municipais que gastam 80% ou mais do que as receitas próprias dos seus municípios. Isto porque o dinheiro que podem receber e gastar inclui partes das receitas próprias e das transferências constitucionais que os municípios recebem da União e dos Estados.
Se o cálculo constitucional exigisse que os orçamentos das Câmaras Municipais fossem feitos apenas sobre as arrecadações municipais haveria uma economia anual de R$ 10 bilhões.
Que em 2019 e nos anos seguintes o desmanche do gigantesco estado brasileiro seja iniciado e prossiga, mantendo com os brasileiros uma parte bem maior da renda que produzimos com o nosso trabalho. Isto será desenvolvimento certo, com justiça fiscal e redistribuição real de renda.
Amigos da CBN, caros ouvintes, muito obrigado por 2018, feliz 2019!