A APP Sindicato, que reúne professores e servidores da rede estadual de ensino, aprovou o início da greve para dia 02 de dezembro. Até lá, o sindicato espera que o Governo do Paraná abra diálogo - o motivo da decisão do indicativo de paralisação é a reforma estadual proposta pela gestão Carlos Massa Ratinho Jr.
A decisão do sindicato tem um peso significativo no estado. É que a APP é considerada o sindicato mais forte e mobilizado no Paraná. Para o bem ou para o mal, quando os filiados paralisam, o impacto é sentido.
Além disso, é quase que como uma forma de “incentivo” a outras associações de trabalhadores. A Seção Sindical da UEM, que reúne professores da Universidade Estadual de Maringá, realiza assembleia nesta terça-feira. É às 14h, na associação dos docentes. Na pauta, a discussão do indicativo de greve.E tudo indica que haverá aprovação.
O Sinteemar, sindicato que reúne professores e servidores da UEM, já se reuniu e aprovou o indicativo de greve. Se não houver negociação, a paralisação começa no dia 02 de dezembro - segunda-feira da semana que vem.
Na prática funciona assim: o indicativo é a greve pré-aprovada. Como há uma data de início, os sindicatos esperam que o Governo, nesse meio tempo, se manifeste para negociar. Essa conversa ainda não aconteceu.
O Governo diz que tem havido rombos nas contas públicas, e que a reforma da Previdência estadual é uma forma de resolver essa questão. Os sindicatos discordam, apontando haver um ataque. Entre outros exemplos dados está: necessidade contribuição de aposentados que ganhem a partir de dois salários mínimos. Atualmente, só quem é obrigado a contribuir é quem recebe acima do teto, de R$ 5.839. O Governo do Paraná também quer criar idade mínima para os servidores se aposentarem.
Neste ano, a gestão Ratinho Jr já viveu greve nas escolas públicas e nas universidades estaduais. Nas escolas, durou duas semanas, entre junho e julho. Nas instituições de ensino superior, mais de um mês, entre final de junho e começo de agosto.
No caso das universidades, há um desgaste desde a gestão anterior. Servidores têm dito que não tem havido reposição salarial como deveria - além de ataques contra a educação pública.