A CCGP – Usina de Compostagem Ltda, Maringá Orgânicos, conseguiu na Justiça a autorização para voltar a funcionar na cidade após embargo das atividades ocorrido em 16 de janeiro pela secretaria de Meio Ambiente. A empresa foi uma das seis apontadas como as responsáveis pelo mau-cheiro provocado na região norte da cidade. O anúncio da prefeitura ocorreu em coletiva realizada no mesmo dia em que a decisão do embargo foi anunciada à imprensa.
A liminar concedida pelo Desembargador Carlos Mansur Arida, do Tribunal de Justiça do Paraná é dessa quinta-feira (31) e os trabalhos de compostagem de resíduos da Maringá Orgânicos foram retomados nesta sexta-feira (1º). De acordo com a decisão judicial, o embargo determinado pela secretaria de Meio Ambiente de Maringá não atendeu a legislação, pois antes da decisão, a Sema teria que ter notificado o IAP – Instituto Ambiental do Paraná, para tomar as devidas providências em relação ao problema apontado. Na nota encaminhada à CBN, a usina afirma que a atividade de compostagem de resíduos orgânicos exercida em Maringá é de extrema importância para o cenário ambiental, além de gerar emprego e renda para a população. Segundo o documento, a empresa recebe, em média, 180 toneladas de resíduos orgânicos por dia, que são tratados e destinados de forma correta, sem prejuízos ao meio ambiente. Ou seja, a Maringá Orgânicos afirmou na nota que o embargo das atividades provoca risco ambiental e compromete toda a cadeia produtiva das agroindústrias que destinam os resíduos na usina.
Outra informação é que a decisão da Sema teria sido arbitrária, pois não apresentou respaldo jurídico e técnico exigidos para a determinação de embargo. A CBN entrou em contato com a prefeitura na manhã desta sexta-feira, que informou que vai recorrer da decisão.