Quer fazer contato com Gilson Aguiar, encaminhar uma sugestão? Envie uma mensagem para o WhatsApp da CBN Maringá. O número é (44) 99877 9550
Opinião
A pandemia começa a deixar mais clara as suas consequências. Na economia, uma delas é a perda de renda da população. No Paraná, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua revela que a renda per capta cai de R$ 1.554,00 em 2019 para R$ 1.479,00 em 2021.
O percentual de paranaenses que tem alguma renda também diminuiu. Eram 64,1% dos moradores do Estado que tinham algum rendimento próprio, agora são 64,4%. Por outro lado, aumento o número de pessoas dependentes de auxílio de programas sociais. Em 2019, apenas 0,6% dos paranaenses dependiam deste auxílio, agora são 15,7%.
A queda na renda é facilmente explicada pela perda de emprego, fechamento de empresas e redução das atividades econômicas em inúmeros setores. A população menos qualificada foi a que mais sofreu. Ela também terá dificuldade de retornar ao mercado de trabalho. Alguns, inclusive, podem ter uma demora significativa e nem conseguir retornar a um rendimento estável.
Logo, o trabalho informal deve crescer cada vez mais. Fora isso, a dependência de auxílio de programas sociais deve se tornar permanente. O que condena uma parte da população a viver de subsídio e ser dependente constante das benesses do Estado. Uma fragilidade perigosa que não se pode deixar repetir com as futuras gerações.
É necessário investir intensamente em qualificação. Preparar a população para poder ter sua renda e romper com a dependência de subsídios públicos. Não é apenas dar o dinheiro. Ele pode ajudar de forma emergencial. Porém, não garante a liberdade e a condição de dignidade. Fragiliza a população e inviabiliza uma sociedade justa.
Fora isso, cria vícios e a permanência da miséria de forma constante. Uma reprodução das gerações ao longo do tempo. Quem nada tem se acostuma com pouco e o quase nada acha muito. Aceita com facilidade a perpetuação da vida de exclusão e ausência. Incorpora com facilidade a dependência.
O que a pandemia deixou de legado não foi só o grande número de mortos, mas pode trazer ao longo do tempo mais problemas que serão desafiadores tanto quanto o que tivemos que enfrentar nos últimos dois anos.
Quer fazer contato com Gilson Aguiar, encaminhar uma sugestão? Envie uma mensagem para o WhatsApp da CBN Maringá. O número é (44) 99877 9550
Notícias da mesma editoria
Opinião
Opinião
Respeitamos sua privacidade
Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Conheça nossa Política de Privacidade
Editorias
Boletins
Institucional
Institucional