Athletico-PR é cirúrgico e é campeão paranaense em cima do Maringá FC | Foto: Rodrigo Araújo/MFC

Na partida decisiva do Campeonato Paranaense, o Athletico-PR venceu novamente o Maringá FC e se sagrou campeão estadual. Dessa vez, a partida realizada neste sábado (60),na Ligga Arena, em Curitiba, terminou com o placar 3 a 0. O jogo foi transmitido pela CBN Maringá em 95,5 FM e pelo Youtube. Os gols foram marcados por Pablo, Fernandinho e Mastriani.

A conquista marca o 28º título de Campeonato Paranaense pelo Athletico, que pôde comemorar o seu centenário de fundação em grande estilo. O clube completou 100 anos de história no mês de março.

 Com o fim do estadual, o Maringá se prepara para iniciar sua campanha no Brasileirão Série D, em mais um ano buscando o acesso para a terceira divisão nacional. Com três semanas de descanso, o Tricolor enfrenta o Santo André, no Estádio Willie Davids, no dia 28 ou 29 de abril — a data e o horário ainda serão confirmados pela CBF.

A equipe maringaense está no grupo A7, juntamente com Santo André, São José, Inter de Limeira, Água Santa (SP); Pouso Alegre, Patrocinense (MG); e Costa Rica-MS. Os quatro melhores do grupo se classificam para a segunda fase.

Já o Athletico tem compromisso pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana, contra o Rayo Zuliano, da Venezuela. A partida acontece na terça-feira (9), às 21h30, na Ligga Arena.

O JOGO

Depois de ser derrotado na primeira partida da decisão por 1 a 0, o Maringá foi para o confronto final do campeonato com seu “time ideal”. Vilar e Morelli — que não jogaram na semana passada por suspensão — voltaram ao time. 

Já o Athletico contou com três mudanças em relação ao último jogo. Na lateral direita, Madson deu lugar a Leo Godoy e Kaíque Rocha substituiu o suspenso Pedro Henrique na zaga. A última alteração foi a importante volta de Fernandinho ao meio-campo, no lugar de Hugo Moura. O autor do golaço de falta na partida de ida da final, Pablo, continuou como a referência no ataque.

O primeiro tempo teve dois cenários: os primeiros minutos foram de um jogo travado, em que nada aconteceu. Com muitas faltas e erros de passe, os goleiros não trabalharam. A partir dos 25 minutos, as chances reais começaram a aparecer e o Athletico foi cirúrgico. Depois de chegar com perigo pela primeira vez, Pablo não desperdiçou novamente e abriu o placar (27’). Aos 40’, em cobrança de pênalti, Fernandinho ampliou para o Furacão.

O Maringá não foi bem e não conseguia chegar perto do gol com qualidade, sendo neutralizado no meio-campo.

A etapa final foi de um Athletico seguro e que permitiu o Tricolor ficar com a bola. Mesmo com a intesidade mais baixa e administrando a vantagem, o Rubro-Negro chagava sempre com perigo nos contra-ataques, e assustou com Julimar (30’). 

Ao Maringá restou pressionar e tentar encontrar brechas na defesa, chegando com Robertinho (25’), Negueba (36’) — em grande lance de Bento — e Júlio (45’). No fim, ainda deu tempo de Mastriani selar a disputa pelo título e marcar o terceiro com o gol aberto (48’).

1º tempo

O jogo demorou a engrenar e começou muito disputado no meio-campo, com muitas faltas e erros de passe por parte das duas equipes. Até os 20 minutos, os dois goleiros não haviam realizado nenhuma defesa.

As primeiras chances vieram com Pablo, recebendo cruzamento de Leo Godoy, mas cabeceando para fora, e com Morelli, que finalizou de longe e contou com o desvio na zaga para salvar Bento.

Aos 25’, a defesa maringaense saiu errado e Pablo escorou para Canobbio, que saiu cara-a-cara com Dheimison e chutou fraco, para defesa tranquila do goleiro.

O Furacão pressionava e dois minutos depois abriu o placar. Devolvendo a gentileza da jogada anterior, Canobbio encontrou Pablo na entrada da área, o centroavante tabelou com Christian e finalizou de primeira. O chute foi desviado pela zaga e enganou Dheimison, que chegou a tocar na bola, mas não conseguiu evitar o gol.

A resposta só veio aos 35, com um gol perdido por Morelli. Serginho levantou a bola na área e Bruno Lopes ajeitou de cabeça para trás. O camisa 5, livre de marcação, chutou fraco e Bento defendeu com tranquilidade.

Depois de uma primeira metade de primeiro tempo sem muita coisa, os minutos finais foram intensos e as equipes atacavam com frequência. 

E não demorou muito para o Athletico ampliar. Aos 40’, o zagueiro Kaique Rocha saiu em velocidade e armou um contra-ataque mortal para o Furacão. Ele tocou para Pablo, que passou para Christian invadir a área. O volante limpou a primeira marcação e foi derrubado por Dheimison na sequência. Sem titubear, o árbitro Lucas Paulo Torezin apontou a marca da cal, sinalizando pênalti para o Athletico. Na cobrança, Fernandinho cobrou com maestria, colocando a bola de um lado e o goleiro do outro e aumentando a vantagem rubro-negra.

Os minutos restantes foram protocolares e o Athletico manteve o controle da partida até o fim.

2º tempo

Na volta do intervalo o Athletico continuou melhor e começou atacando. Pablo (5’) tentou de falta de muito longe e um novo pênalti foi marcado para o Furacão (7’), mas a jogada foi anulada por impedimento de Christian.

O Dogão foi esboçando uma reação e chegou com Mirandinha e Bruno Lopes nos minutos seguintes. Com a intensidade mais baixa, o Athletico permitiu que o Maringá trabalhasse a bola, mas não viu seu gol ser ameaçado. 

As jogadas de perigo voltaram a acontecer somente aos 25’. Para o Maringá, Robertinho recebeu na direita, limpou para o meio e arriscou de fora da área. O belo chute parou na trave de sustentação da rede e assustou Bento. Logo em seguida, Julimar aproveitou lançamento da defesa e finalizou forte, mas para fora da meta defendida por Dheimison.

O Athletico trabalhava apenas nos lançamentos e nos contra-ataques, mas mesmo assim era mais efetivo. Aos 30’, Canobbio ganhou da defesa, avançou livre em velocidade e tocou para Julimar na esquerda, que dominou e finalizou para grande defesa de Dheimison.

Aos 36’, Bento protagonizou um lance digno de jogador da Seleção Brasileira. Ronald cruzou da esquerda, Negueba fechou na segunda trave e mandou de cabeça, mas Bento fez grande defesa. Na sequência, o goleiro bloqueou os chutes de Mirandinha e Zé Vitor e ainda foi no limite da área para tirar a bola dos pés de Robertinho e afastou qualquer perigo.

Os minutos finais foram de pressão do Maringá, que contava com todos os seus atacantes em campo, mas que esbarraram na impecável defesa rubro-negra. A última grande chance maringaense foi aos 45’, com Júlio, que finalizou para nova defesa tranquila de Bento.

Mas ainda tinha tempo para mais. Aos 48’, Madson fez um lançamento perfeito para Alex Santana, que ganhou da marcação e deixou Mastriani com o gol aberto, sem marcação, para apenas empurrar a bola para as redes e marcar o terceiro gol athleticano. Foi o gol para selar o título no ano centenário do Furacão.