A brasileira Franciele Alves da Silva, de 29 anos, vivia há dois anos em Champigny-sur-Marne, cidade nos arredores de Paris, na França.
Ela, o marido Rodrigo Martin, de 27 anos, e os dois filhos de 4 e 2 anos de idade, foram para a Europa em busca de uma vida melhor.
Na última sexta-feira (25), Franciele foi encontrada morta no apartamento onde vivia. Uma vizinha chamou a polícia. Franciele foi esfaqueada. No dia seguinte, o marido se entregou à polícia e confessou o crime.
O irmão e o pai de Franciele vivem em Paiçandu. A CBN Maringá tentou falar com o irmão de Franciele nessa segunda-feira (28), mas por orientação da advogada ele não está mais falando com a imprensa.
A advogada é brasileira e mora em Paris. Ela acompanha o caso voluntariamente e foi contactada pela ONG Mulheres na Resistência, de ativistas feministas.
Nellma Barreto é uma das militantes do grupo. Ela disse que Franciele vivia num ciclo de violência dentro de casa, mas não denunciava o marido porque estava ilegalmente na França e tinha medo de ser deportada. [ouça no áudio acima]
No próximo domingo, haverá uma marcha em memória de Franciele. As organizadoras da marcha têm o apoio do prefeito de Champigny-sur-Marne. [ouça no áudio acima]
Os filhos de Franciele estão sob custódia do governo francês, em uma família acolhedora. As ativistas organizaram uma vaquinha para obter recursos para o translado do corpo e a viagem do irmão de Franciele para a França.