O Hellington Lopes sabe bem como o coronavírus impactou na vida noturna de Maringá. Ele é empresário de uma tradicional casa de samba e também é músico. Antes mesmo do primeiro decreto municipal, fechou o local de trabalho. Entre março até agora, pediu empréstimo para bancos e inscreveu a empresa dele na Medida Provisório do Governo Federal - que paga parte do salário dos funcionários. Nesta semana, o estabelecimento volta com a programação. E será diferente. Como o horário limite é às 22h, vai fazer happy hour de quinta a sábado, oferecendo caldos. E também deve ofertar almoço. [ouça no áudio acima]
O novo coronavírus mudou tudo e no mundo todo. Em Maringá, não foi diferente. Os artistas sentiram o impacto da doença. Sem trabalho, muitos deles organizaram ações em busca de dinheiro para amenizar nas contas.
Na semana passada, após uma reunião entre a classe e a Prefeitura de Maringá, o município permitiu o retorno de música ao vivo nos estabelecimentos.
Mas há limite de horário, de número de público.
Ronaldo Gravino, que vive tocando em bares e restaurantes, diz que ainda há apreensão. E que, nesse momento, o artista abriu mão de receber cachê fixo. Prefere receber o chamado couvert - o preço que o cliente paga quando está no estabelecimento. Já é um começo, afirma Gravino. [ouça no áudio acima]
Embora a situação para os músicos que tocam em bares esteja começando a melhorar, quem faz eventos ainda não tem sentido a procura de trabalho. Foi o que disse a cantora Viviane Foss, do 2 Colors.