Campo Mourão é uma cidade da região que tem cerca de 95 mil habitantes. É mais uma cidade do Paraná que vive o drama da falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Para driblar esse cenário crítico do sistema de saúde, os profissionais da saúde da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Campo Mourão adaptaram a ala de urgência em uma semi-UTI. Pacientes graves, entubados e com respiradores, foram internados ali mesmo. O secretário de Saúde da cidade, Sérgio Henrique dos Santos, explicou a situação. Segundo ele, durante a madrugada desta quinta-feira (04), um paciente conseguiu ser transferido para o Hospital Metropolitano de Sarandi.
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Exclusivo para pacientes com Covid-19, Campo Mourão tem 12 leitos de UTI pelo SUS, e 8 leitos pela rede privada, além de 10 leitos UTI SUS em Goioerê, cidade da região. Todos lotados. A rede privada chegou a 150% da capacidade de internação. O secretário relata que no fim de semana, foram mais de 800 atendimentos.
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O secretário também afirma que o perfil dos pacientes em Campo Mourão mudou. Assim como registrado em Maringá e outras cidades do estado, os pacientes mais jovens têm situação mais grave.
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Para o secretário, enquanto não houver uma vacinação em massa contra a doença, a população vai viver esse efeito “abre e fecha” dos decretos para evitar a disseminação do vírus. E a falta de profissionais da saúde preocupa.
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Até esta quarta-feira (03), Campo Mourão somava 5.641 casos confirmados de coronavírus e 98 óbitos. Durante a entrevista, o secretário confirmou mais duas mortes pela doença.
Durante a semana, a reportagem noticiou mais duas cidades que adaptaram outros espaços para atender pacientes com Covid-19. Em Mariluz, um ambulatório foi montado no salão paroquial e em Mandaguari, um espaço de convivência foi transformado em local para triagem dos pacientes com suspeita de coronavírus.