Caso de suposto assédio envolvendo professores da UEM tem nova decisão
Em 2018, um protesto foi realizado em uma colocação de grau da UEM (Foto: Redes Sociais)

Investigação

Caso de suposto assédio envolvendo professores da UEM tem nova decisão

Educação por Victor Simião em 15/02/2019 - 19:10

Após relatório do Conselho de Administração pedir suspensão de um e a demissão do outro, reitoria acata. No ano passado, comissão que investigou o caso fez o mesmo pedido, mas o então reitor não 

O atual reitor da Universidade Estadual de Maringá, professor Julio Damasceno, aceitou suspender o professor Itamar Flávio Silveira e demitir o professor Moacir José da Silva dos quadros da instituição. O motivo são os supostos casos de assédio sexual envolvendo os dois e alunas do curso de História. A decisão foi tomada nesta semana, após o Conselho de Administração, o CAD, uma das instâncias superiores da UEM, aprovar um relatório com esse pedido. Ainda cabe recurso por parte dos envolvidos.

Essa decisão é nova e diferente da tomada no ano passado. O então reitor Mauro Baesso acatou parcialmente o pedido de uma comissão que havia sido instaurada para investigar internamente o caso. Itamar Flávio Silveira teve como pena uma repreensão. Moacir José da Silva foi suspenso por 90 dias, sem remuneração.

A comissão havia sugerido suspensão de Silvieira, e a demissão de Silva, o que foi decidido pelo CAD e agora acatado pela reitoria.

Desde 2016, um grupo alunas vem fazendo denúncias contra os professores. Protestos públicos também foram realizados. Além disso, há processos correndo na Justiça comum.

A decisão tomada pelo CAD neste ano aconteceu porque o conselho foi acionado por dois centros acadêmicos e pelo Diretório Central dos Estudantes, que não ficaram satisfeitos com a decisão em 2018.

A representante do DCE Maria Clara Santos, estudante de Psicologia, avaliou como positiva a medida do atual reitor. É algo significativo porque existem relações hierárquicas entre professores e alunos e também de gênero que começam a ser rompidas, disse ela.

O advogado Bruno Gimenes Di Lascio, que defende os professores, não quis gravar entrevista, mas disse que vai recorrer no próprio CAD.

Atualmente, Itamar Silveira não tem mais vínculo com a UEM porque pediu aposentadoria em 2018. Já Moacir José da Silva continua nos quadros, mas está de licença médica.

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