Maringá, no norte do Paraná, se tornou conhecida nos últimos anos devido ao desenvolvimento de projetos de leitura e literatura feitos tanto pelo poder público quanto por iniciativas particulares. Uma das ações que têm ganhado espaço são os clubes de leitura. Nesses grupos, leitores de diferentes idades costumam se encontrar periodicamente para discutir alguma obra literária. Ao menos cinco clubes funcionam no momento na cidade. E, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, as atividades não pararam. Quatro deles se adaptaram e têm feito discussões online.
São os clubes Maringá, Veredas, Amigos de Palavra e Bons Casmurros. Cada um tem um perfil diferente, mas todos com um único objetivo: o de compartilhar o prazer pela leitura. Embora a Covid-19 impeça o abraço pessoal, o fato de haver um debate pela internet é uma espécie de refúgio em meio a situação que o Brasil tem vivido.
A professora Maria Almeida é uma das coordenadoras do ‘Leia Mulheres - Maringá’, um clube que optou por suspender as atividades no momento em todo o país. Além de estar à frente de um grupo, ela participa de outro, o clube de leitura Bons Casmurros, que já fez duas discussões pela internet. Segundo ela, o momento tem causado dispersão nas atividades . Ter um espaço para conversar com os colegas permitiu dar seguimento à agenda de leitura, conta.
No clube de leitura Maringá, até o momento foi feito um debate pela internet. O livro abordado foi o “Na minha pele”, de Lázaro Ramos. A coordenadora do grupo, Romi Matos, disse que, mesmo à distância, foi um debate emocionante.
Até o momento, Maringá tem 132 casos positivos da Covid-19 e seis mortes.
Os clubes Maringá, Veredas, Amigos de Palavra e Bons Casmurros podem ser encontrados pela internet, e estão abertos para quem quiser discutir de forma virtual neste momento. Em meio ao novo coronavírus, os leitores desenvolvem mais um capítulo na história dos encontros.