A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) informou à UEM que a universidade vai perder 25 bolsas de pós-graduação. Atualmente, elas estão sendo utilizadas por mestrandos, que não vão perder o auxilio neste momento. As bolsas vão ser cortadas à medida que houver a defesa das dissertações. O valor de uma bolsa de mestrado da Capes é de R$ 1,5 mil.
A decisão foi comunicada nesta semana, quando a Capes anunciou o corte de 2,7 mil bolsas no país. Em Maringá, três programas de pós vão ser afetados na UEM: de Engenharia Urbana, Ciências Sociais e Bioenergia – este último tem parceria com outras instituições de ensino.
A justificativa é a de que esses mestrados têm nota 3 há muitos anos e/ou caíram da nota 4 para 3 na última avaliação – o que indica não haver avanço nos trabalhos de pesquisa.
Ao todo, a Universidade Estadual de Maringá tem 38 bolsas nesses três programas, mas a decisão congela 70% delas – ou seja, 25. Atualmente a UEM tem 56 programas de pós-graduação, entre mestrado e doutorado – e oferta 610 bolsas. A instituição tem 17 mil alunos ao todo.
A coordenação da Capes informou que caso a situação financeira do país melhore, as bolsas podem ser devolvidas.
O professor Cloves Jobim, coordenador da pós-graduação da UEM, informou que agora vão ser feitas ações para buscar melhorar as notas dos programas. Daí quem sabe na próxima avaliação a nota melhore, disse
A retirada de bolsas não significa fechamento dos programas. Atualmente, uma estimativa da UEM indica que cerca de 50% dos pós-graduandos não recebem auxilio financeiro. O que para muitas pessoas é algo difícil porque há programas que exigem diversos horários dos alunos, explicou Jobim.
Em maio, a Capes retirou 28 bolsas da UEM por ociosidade. Depois, devolveu 16. 12 permanecem congeladas.
Em todo o Brasil, o corte atinge mais de 6 mil bolsas de pós-graduação.