A CPI da Saúde decidiu não realizar a sessão marcada para essa terça-feira (28). A reunião foi suspensa em razão do AVC sofrido nesta segunda-feira (27) pelo vereador Chico Caiana (PTB), membro da comissão. Ele tem 56 anos e está no terceiro mandato. Com isso, o secretário de Saúde de Maringá, Jair Biatto, deverá ser ouvido na próxima semana.
A CPI foi criada após uma afirmação de Biatto. Em maio ele disse que o município pagava até três vezes mais na compra de produtos. Depois, se explicou e falou que havia motivos para isso: burocracia e alta demanda por insumos.
O vereador Flávio Mantovani é o presidente da CPI; Sidnei Telles é o relator. Chico Caiana e outros dois parlamentares são membros do grupo.
Para a comissão, o depoimento de Biatto deverá esclarecer de uma vez por todas se a afirmação dele é algo que acontece de forma recorrente ou não.
Um secretário já foi ouvido, assim como um vereador e um empresário. Documentos da Prefeitura de Maringá e do Observatório Social já foram analisados. Em resumo, de 25 itens avaliados, dois foram comprados por preços mais altos que o de mercado. O que, segundo a CPI, significa que a afirmação de Biatto foi infeliz e não condiz com a realidade.
Para vereadores de oposição, a comissão analisa apenas os últimos 12 meses quando deveria, na verdade, investigar toda a gestão. A CPI já disse que qualquer fato anterior, se denunciado, será apurado.
O presidente da comissão parlamentar de inquérito, vereador Flávio Mantovani, disse à CBN na semana passada que o depoimento de Jair Biatto poderá ser o último e explicar o que de fato acontece na saúde. [ouça no aúdio acima]
Em um depoimento anterior, o secretário municipal de Patrimônio, Logística e Compras, Paulo Carstens, disse desconhecer gastos acima da média na saúde. Ele afirmou que havia encontrado problemas em gestões anteriores - e que os documentos já tinham sido enviados ao Ministério Público.
A CPI informou que afirmações sobre gestões passadas serão inseridas no relatório a ser enviado ao MP.
No momento, o Ministério Público também apura o caso.
A Prefeitura de Maringá já disse apoiar a CPI e que irá prestar todos os esclarecimentos necessários.