A Comissão de Finanças e Orçamentos da Câmara de Maringá decidiu não dar ainda o parecer quanto ao projeto que possibilita a alteração de regime dos servidores da Prefeitura. A iniciativa do Executivo Municipal quer que quem está sob a CLT possa se tornar estatutário. A reunião, convocada de forma extraordinária, foi realizada na tarde desta segunda-feira (03), na Câmara.
O projeto de lei complementar foi enviado ao Legislativo no fim do ano passado e demorou um ano para ficar pronto. Atualmente, a Prefeitura tem 900 servidores celetistas, de um total de 12 mil. Eles foram contratados por concurso para áreas da saúde, principalmente em programas coordenados pelo Governo Federal.
A Prefeitura defende a alteração de regime porque irá reduzir custos e evitar processos trabalhistas, por exemplo. O município já pagou R$ 10 milhões em ações para celetistas, que ficam a cargo da justiça trabalhista, diferentemente do servidor estatutário.
A sociedade civil organizada, capitaneada pelo Observatório Social, é contra, dizendo que faltam informações e que o impacto pode ser negativo no futuro, já que irá repercutir na previdência municipal.
O presidente da CFO, vereador Carlos Mariucci (PT) e o vice-presidente, William Gentil (PTB) se disseram favoráveis à proposta. Onivaldo Barris (sem partido), membro, se posicionou de forma contrária. Como o Ministério Público apresentou alguns questionamentos, uma reunião com um promotor foi agendada para a tarde de quarta-feira (05).
Por esse motivo, preferimos não dar nenhum parecer, disse Mariucci.
O relatório que subsidia a proposta aponta que para evitar qualquer problema na previdência do município é necessário aumentar a alíquota de contribuição do servidor, passando de 11% para 14%, mas esse ponto não é proposto na lei.
Mariucci falou que se depender dele isso não irá ocorrer. Já Onivaldo Barris disse ainda não ter resposta e que irá estudar o assunto.
Após passar pela CFO, com parecer positivo ou negativo, a iniciativa deve ser avaliada por outras duas comissões.