Conheça a história de diferentes gerações apaixonadas pelo rádio
CBN Maringá

Dia do radialista

Conheça a história de diferentes gerações apaixonadas pelo rádio

Cidade por Brenda Caramaschi em 07/11/2025 - 14:08

Sete de novembro é o dia daqueles que transmitem informação e emoção pela voz, em um dos veículos de comunicação de massa mais antigos existentes: o radialista. E radialistas de diferentes gerações seguem na missão de informar, entreter e aproximar as pessoas.

A data oficial para a comemoração do Dia do Radialista é uma homenagem ao compositor, músico e radialista Ary Barroso, que nasceu em 7 de novembro de 1903. Mas para a categoria, ainda há uma outra data de comemoração - o dia 21 de setembro, que se refere à data da criação da lei que fixava o salário base para estes profissionais. A celebração reconhece a importância do rádio como um dos meios de comunicação mais populares e democráticos do Brasil, responsável por informar, entreter e aproximar as pessoas. Além de destacar o trabalho de locutores, repórteres, técnicos e produtores, a data reforça o papel essencial do rádio na construção da história e da identidade cultural brasileira. 

Em Maringá, a história do município se funde com a chegada desse tradicional meio de comunicação. Em 15 de julho de 1951 entrava no ar na Cidade Canção a rádio Cultura AM. Entre o time de locutores estava Aloysio Raphael Barros, também conhecido como Barrinhos. A rádio Cultura já não existe mais na cidade - a frequência hoje é ocupada por uma rádio gospel, a Melodia FM. Já o veículo rádio, que tantas vezes falou-se que ia acabar, segue vivo e em expansão em Maringá, graças às reinvenções e adaptações feitas ao longo dessas décadas. 

A emissora mais longeva em operação na cidade é também a mais ouvida: líder de audiência desde sua criação, em 1981, a Maringá FM, criada por Barrinhos e administrada pelo filho dele, Alexandre Barros, leva aos ouvintes, diariamente, vozes experientes, conhecidas há décadas, mas também as de uma nova geração que, pelos microfones, mostram que o rádio tem, sim, vida longa e segue sendo uma das formas mais rápidas e acessíveis de comunicação. Uma das vozes ouvidas há mais tempo é a de Milton Luiz Soares - e não só na Maringá FM, mas também em spots comerciais veiculados nas outras duas emissoras do Grupo Maringá de Comunicação na cidade: a rádio MIX FM e a CBN Maringá.

Milton se lembra quando foi servir ao exército em Curitiba e ganhou do irmão um walkman - o aparelho portátil sintonizava as rádios e ajudava a passar o tempo durante as madrugadas de guarda. [Ouça o áudio acima]

No estúdio, a mesa de som analógica, um toca discos de vinil, comerciais rodados em “cartucheira”, produzidos em cassete rolo, com gravadores gigantes, e minuciosamente cortados para fazer a edição. [Ouça o áudio acima]

Hoje Milton é quem encabeça as ações externas da rádio, cuida da unidade móvel, e faz uma série de vídeos para as redes sociais. 

Amarildo dos Santos, mais conhecido como Amarildo Legal, é outra voz que já se tornou marca registrada da Maringá FM. Com 27 anos de casa, o mesmo tempo de Milton à frente dos microfones da emissora, foi em Tupã, no interior de São Paulo, onde conheceu aquela que seria a futura esposa, que fez o primeiro teste para trabalhar em uma rádio. [ouça o áudio acima]

Mas o sonho de voltar à Maringá e trabalhar na Maringá FM falou mais alto. Amarildo foi contratado pela emissora maringaense em fevereiro de 1994 e permaneceu por três anos. Depois de mais um período no interior paulista, em 2002 o locutor retornou à Cidade Canção e à rádio que o inspirou a começar na profissão. [Ouça o áudio acima]

Mas as novas gerações continuam sendo atraídas pela mágica do rádio. Entre as vozes jovens do rádio maringaense está a de Victor Oliveira, que começou a trabalhar em uma rádio comunitária, aos 14 anos. Ele conta que o interesse pelo rádio nasceu ainda na infância.[Ouça o áudio acima]

Victor descobriu as possibilidades do rádio, inicialmente, através da internet. [Ouça o áudio acima]

Determinando em seguir o sonho, Victor buscou aprender mais e participou de um projeto sobre rádio e radionovela. Pouco tempo depois foi convidado para trabalhar na rádio MIX FM, onde foi locutor e produtor, enquanto trabalhava, aos finais de semana, na Maringá FM, até assumir a função de repórter para a Maringá FM no jornalismo diário. Ele conta que recebeu apoio e auxílio dos locutores mais experientes, mas que também auxiliou a equipe da rádio na transição para o universo digital. [Ouça o áudio acima]

Mas o mais novo locutor do Grupo Maringá de Comunicação é Gustavo Pavanelli, de apenas 20 anos. Natural de Terra Boa, ele começou por acaso, levado pelo pai para conhecer uma rádio da cidade. [Ouça o áudio acima]

Gustavo passou por emissoras em Terra Boa e Cianorte, onde teve a oportunidade de aprender com profissionais experientes e de desenvolver também o lado digital do rádio. [Ouça o áudio acima]

O convite para trabalhar em Maringá veio depois de uma coincidência e muita persistência. [Ouça o áudio acima]

Hoje, Gustavo é locutor da Mix FM Maringá e comemora ter conquistado ainda tão jovem o que sempre sonhou. [Ouça o áudio acima]

O rádio segue evoluindo com o streaming e as plataformas digitais e segue sendo o meio de comunicação com maior credibilidade e proximidade com o público, segundo as pesquisas. O jovem radialista acredita que o futuro do rádio depende dessa união entre tradição e inovação. [Ouça o áudio acima]

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