O professor Thiago Ferraiol, do Departamento de Matemática da UEM, foi o responsável por pedir vista à proposta de ensino remoto no Conselho de Ensino e Pesquisa. Na quarta-feira (15), o projeto seria votado pelos conselheiros. Como Ferraiol fez essa medida e o reitor da Universidade Estadual de Maringá aceitou, a proposta foi retirada e volta à discussão na quarta-feira da semana que vem. O objetivo inicial, se aprovado, era ter o ensino remoto a partir de 03 de agosto. Não é possível fazer novo pedido de vista.
Ferraiol faz parte do grupo “Mobiliza UEM”, que reúne estudantes e docentes contrários ao ensino remoto. No momento, eles trabalham no levantamento de dados. Essas informações vão subsidiar uma espécie de “contraproposta” ao retorno das aulas dessas aulas, e deve ser apresentada na quarta, durante a reunião do CEP.
Devido à Covid-19, a UEM não deu início ao ano letivo 2020. Atividades de extensão nos cursos de graduação têm ocorrido de forma virtual, assim como a pós-graduação. Há um grupo de professores e alunos que está mobilizado nas redes sociais pedindo o ensino remoto no momento, de forma emergencial.
O “Mobiliza UEM” considera o ensino remoto uma forma de precarização. Entre outros motivos apresentados, há dificuldades de acesso para algumas pessoas e o momento de vida que muitas delas têm passado em razão do novo coronavírus. O professor Thiago Ferraiol diz que esse tipo de ensino não tem gerado bons resultados nas redes pública e privada. [ouça no áudio acima]
Na quarta-feira (15), durante a reunião do CEP, ao menos dois estudantes se manifestaram contrários a volta das aulas de forma remota. Um terceiro disse ser favorável.
A reitoria prefere não se manifestar sobre o assunto em específico, mas tem divulgado ações que, segundo ela, vão auxiliar quem tiver dificuldades em usar computador ou de acesso à internet, caso as aulas retornem.