Os 104 professores temporários da UEM, cujo contrato se encerrou no dia 31 de julho, estão mais tranquilos agora, ao menos momentaneamente. É que a prorrogação foi feita, e agora o término é 31 de dezembro. Eles passaram o mês de julho em articulações e mobilizações juntamente a outros servidores desse regime nas outras estaduais do Paraná. No caso da Estadual de Maringá, um vídeo foi gravado e divulgado nas redes sociais; em nível estado, um abaixo-assinado foi feito.
O impasse chegou ao fim, oficialmente, na sexta-feira (02) passada. Naquele dia, com a suspensão da suspensão do calendário acadêmico, o funcionamento interno da UEM voltou ao normal. O contrato dos 104 temporários foi renovado.
O professor Rodrigo Bischoff explicou que a renovação é tranquilidade temporária. Porque, na prática, a situação é mais complexa e difícil. O fato de haver temporários é porque não há contratação de efetivos, o que precariza o ensino superior, por exemplo, afirmou.
Para a UEM, o Governo do Paraná liberou 18 mil horas semanais de contratação de temporários. Ao todo, a universidade tem 450 servidores nesse regime, e pouco mais de 1100 efetivos. No decreto divulgado na semana passada, o Governo exigiu que a renovação fosse feita em universidades cujo calendário acadêmico estivesse em vigência. Não era o caso da Estadual de Maringá, que teve de chamar o Conselho de Ensino e Pesquisa para deliberar sobre o tema. Daí, a volta do calendário foi aprovada na quinta-feira (01) e os contratos foram renovados na sexta.
Para alguns, a medida do Governo foi para desmobilizar a greve. Para os sindicatos, não é bem assim. Calendário é uma coisa, a greve é outra.