A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga os gastos da Secretaria de Saúde de Maringá apresentou uma lista com uma série de itens comprados pela Prefeitura Municipal e a variação de preços. Foi na reunião desta terça-feira (09), na Câmara de Vereadores.
Em uma apresentação de slides, o grupo informou ter levantado 34 licitações do tipo “dispensa” no Portal da Transparência da Prefeitura. São processos que foram abertos no momento da pandemia de coronavírus. A partir daí, os vereadores selecionaram dez itens e os valores pagos pelo Executivo municipal. A comissão levantou preços praticados no mercado para fazer comparação.
A CPI foi criada após o secretário de Saúde, Jair Biatto, ter dito que o município pagava até três vezes mais na compra de produtos. Ele se explicou depois, dizendo que havia motivos para isso, como a burocracia do poder público.
O chamado cartão-alimentação, por exemplo, custou R$ 90 para a Prefeitura de Maringá. Em Apucarana, R$ 150; ou seja, mais caro. Em Londrina, R$ 50; custo menor, portanto.
Os exames de Covid-19 custaram R$ 210 cada. Os preços levantados pela CPI variaram de R$ 245 a R$ 390.
As cestas básicas compradas pela Prefeitura custaram R$ 72. O item podia ser encontrado a partir de R$ 49,99, conforme a comissão.
Segundo o presidente da CPI, vereador Flávio Mantovani (Rede), ainda é cedo para avaliar se o município está certo ou não. [ouça no áudio acima]
Além de Mantovani, fazem parte da CPI o vereador Sidnei Telles (Avante), na relatoria, e os membros Alex Chaves (MDB), Mário Verri (PT) e Chico Caiana (PTB). A CPI tem prazo de 90 dias para apresentar um relatório. A comissão pode ser prorrogada, depois, em mais 45 dias.
A Prefeitura tem esta semana ainda para enviar os documentos que tinham sido solicitados. De modo geral, o município tem dito ser favorável à comissão para que se confirme a transparência das compras feitas pela Executivo.
A próxima reunião da comissão está marcada para terça-feira que vem, dia 16, às 15h, na Câmara de Vereadores.