Crimes envolvendo moradores de rua preocupam autoridades em Maringá
Segurança por Jota Júnior/GMC Online em 29/12/2022 - 10:10O debate sobre os moradores de rua em Maringá voltou a ficar em destaque depois que tentativas de homicídio que aconteceram na tarde de terça-feira (27), na Rua Fernão Dias, próximo ao Albergue. A região é uma das áreas com maior aglomeração de pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Esse não é um problema só de Maringá. Isso está acontecendo no âmbito nacional. Se pegarmos o Paraná vamos ver que cidades como Curitiba e Londrina também apresentaram um crescimento expressivo de moradores de rua. Isso por vários fatores, como a pandemia e a questão econômica,” relatou Ivan Quartaroli, secretário de Segurança Pública de Maringá.
A Avenida Getúlio Vargas, perto da prefeitura de Maringá, no centro da cidade, é outro local que sofre com o problema. São homens e mulheres espalhados pelas calçadas, em camas improvisadas.
“É normal chegar para trabalhar e encontrar a sujeira deles em frente a loja. Já teve vez de fazerem as necessidades deles aqui e a gente ter que recolher no outro dia”, contou a gerente de um loja que na avenida que, por medo, não quis se identificar.
Conforme o balanço da Guarda Civil Municipal, em 2022, só os agentes da instituição prenderam, em Maringá, 53 pessoas que eram procuradas pela justiça. Desse total, 22 pessoas foram encontradas nas aglomerações na Rua Fernão Dias.
O oficial de comunicação do 4º Batalhão da Polícia Militar, capitão Ulisses de Deus, explicou que as abordagens e a repressão ao crime envolvendo moradores de rua, são frequentes.
“Boa parte dessas pessoas precisam e querem ajuda. Já outras se aproveitam da situação e não querem mudar a realidade em que vivem por conta da dependência em drogas. Eles acabam cometendo pequenos furtos e roubos para sustentar o vício e se tornam alvos lucrativos para os traficantes”, informou Ulisses. O capitão ainda orientou que a população pode colaborar com denúncias.
As ajudas feitas diretamente ao morador de rua podem atrapalhar a rede de apoio que trabalha para retirar essas pessoas da condição estão. “O povo maringaense tem um perfil muito bonito. A população é acolhedora e solidária. Mais essa solidariedade ter que ser feita da maneira correta, através das instituições e casas de acolhimento. Quem precisa de ajuda para sair dessa vida, mas não consegue, por causa do vício, fica numa situação confortável, sabendo que a qualquer momento vai chegar alimentação ou roupas”, finalizou Ivan Quartaroli, secretário de Segurança.
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