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Esta conversa de que a desigualdade é natural e que não podemos considerar que a miséria de alguns é condição vital para a riqueza de outros. Isto não é verdade. O que estamos vivendo hoje no país é uma desigualdade gritante que gera problemas crônicos. O Estado se mostra ineficiente para poder conter a questão.
A decadência do Estado de Bem-estar é perceptível. Não há mais oque ficar esperando que o poder público venha a solucionar os nossos problemas. As ações mais assertivas vêm dos empreendimentos. Daquilo que a iniciativa privada pode ter como resposta. A associação do empreendimento que busca sustentação econômica, o lucro, com as práticas sociais sustentáveis.
A questão é investir na solução de problemas sociais como fonte de geração de riqueza. Isto é bom negócio. Ele não pode ser pautado na especulação como uma parte considerável, infelizmente, dos empresários ainda pensa. Tirar o “máximo proveito” do momento sem pensar nas perdas em médio e longo prazo.
Os empreendimentos devem ser focados em resultados que venha garantir um ambiente econômico, social e cultural melhor. Se queremos conter a violência, por exemplo, gerar segurança, temos que fazer campanhas em defesa da diversidade e tolerância. Se quero educar, temos que entender que todos merecem acesso à educação.
O país tem hoje 25% da população vivendo com menos de R$ 460,00 por mês. 5% da população tenta sobreviver com R$ 155,00. Não pense você que somente os que estão vivendo destes rendimentos perdem, todos estamos perdendo.
Empresas precisam ser criadas com o foco na solução destes problemas e transformá-los em rendimento. Grandes corporações já têm se dedicado a estas ações. Associar seus negócios a grandes questões sociais. Empesas que vendem produtos femininos devem lutar pela emancipação da mulher, pela igualdade de gênero.
Ainda é muito frágil a mentalidade dos empreendedores, independente do tamanho do empreendimento, em relação ao futuro. O que estamos vivendo na pandemia deveria ter nos despertado a noção de como somos frágeis para enfrentarmos uma crise.
Precisamos gastar nossas energias na construção de uma sociedade que consolide soluções através de investimentos em respostas definitivas aos velhos problemas. Enquanto construirmos o sentido de nossas relações, na economia por exemplo, com o foco em resultados imediatos vamos viver sempre ao sabor do vento.
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