O futuro da energia
Todos já ouviram falar sobre a crise dos combustíveis fósseis. Mas os carros se multiplicam, em especial nos países emergentes. O crescimento da economia traduzida no potencial de consumo, tem nas quatro rodas uma expressão. O Brasil tem na indústria automobilística um suporte econômico, uma dependência perniciosa. O que assistimos com a greve dos caminhoneiros foi isso. O carro nosso de cada dia.
No mundo, dados de 2010, o número de veículos já ultrapassa 1,2 bilhão. A quem considere que em 2040 eles chegaram a 2 bilhões. O que fazer? O que vai mover esta frota. Países europeus pretendem romper com os combustíveis fósseis até 2020. Nós romperemos quando?
Estamos distantes de uma solução. A cidade empilha automóveis. Foi interessante, raro e agradável perceber as vias com um número menor de automóveis. As filas que se formaram em postos de combustíveis demonstraram a dependência de um modal pernicioso. Endivida, polui, tem custo elevado de manutenção e se torna um resíduo difícil de ser absorvido, reciclado.
A crise que vivemos denunciou nossa dependência e a necessidade de resolvê-la. As cidades brasileiras necessitam de modais mais eficientes e que não sejam frágeis a momentos como o da greve dos caminhoneiros. A infraestrutura tem um preço alto. Lidamos com as migalhas e aparências, mas o problema a resolver a mais complexo e constante. A questão da mobilidade urbana, de transporte de cargas e passageiros é histórica.