Relatórios, investigação e operações: há uma década essa tem sido a vida escrivã da Polícia Civil Paula Apoloni. Aos 35 anos, a maringaense vive há quatro em Astorga, cidade que fica a 50 quilômetros de Maringá, norte do Paraná. Engajada em questões sociais, principalmente as que envolvem mulheres vítimas de violência, ela decidiu ir além, e não só auxiliar como uma agente do Estado. No ano passado, Paula criou o “Patrulha do Batom”, um programa que vai ao ar semanalmente em uma rádio da cidade.
Por ter contato com mulheres em situação de risco, a policial percebeu que muitas não conheciam os próprios direitos. Pensando nisso, ela desenvolveu o projeto. Da delegacia para o rádio, toda quinta-feira, às cinco horas da tarde, ela apresenta o Patrulha do Batom.
O objetivo é dar informações e auxiliar o empoderamento das mulheres; mas também ajudar os homens a entender o machismo – e eles participam, diz a policial. O programa também discute os temas da semana, conta Paula Apoloni. Com isso, ela quer contribuir para mudar a sociedade.
O Patrulha do Batom tem criado novas frentes de trabalho. Uma delas, em parceria com o projeto Sarau no Quintal, é a Geloteca – uma geladeira sem uso em que são colocados livros para empréstimo. Já são três itens do tipo, espalhados por postos de Saúde. E vem novidade por aí. Um aplicativo chamado Sempre Alerta, que funciona já em outros estados como Pernambuco, buscou a Patrulha para uma parceria.
O Patrulha do Batom no momento também auxilia a criação de um centro para atender vítimas de violência doméstica.
Mais informações sobre o programa de rádio e a atuação de Paula Apoloni podem ser obtidas pela internet. É só procurar por Patrulha do Batom no Facebook ou no Instagram.