Em março deste ano, o Tribunal de Contas da União enviou uma recomendação à Acinne: a agência deveria rever forma de fiscalização das prestações de contas recebidas para depois liberar novos recursos e fazer novos contratos. No dia 18 deste mês a Agência Nacional do Cinema paralisou os serviços para focar na recomendação do TCU. A decisão prejudica todo o setor do audiovisual no Brasil, incluindo Maringá.
É que neste ano um projeto da Secretaria Municipal de Cultura foi aprovado junto a agência, o Aniceto Matti Audiovisual. No valor de R$ 1 milhão, R$ 500 mil sairiam dos cofres da Prefeitura. A outra metade, do Fundo do Setorial do Audiovisual (FSA), da agência.
A minuta do edital estava pronta.
Atualmente o Prêmio Aniceto Matti libera R$ 2 milhões no total, sendo R$ 240 mil são reservados a esse setor especificamente.
Agora, não se sabe o que vai ocorrer no futuro. Uma reportagem da Folha de S. Paulo informou nesta terça-feira (30) que o TCU vai dar prazo de 14 meses para a Ancine rever a forma da prestação de contas.
A decisão da agência fez a Semuc agendar uma reunião. Uma consulta pública foi marcada para o dia 02 de maio, às 18h30, no Teatro Callil Haddad. O objetivo é discutir com produtores do setor o que fazer na área em Maringá, diz o secretário de Cultura, Miguel Fernando Perez.
No ano passado, a política de coinvestimentos regionais da Ancine liberou mais de R$ 400 milhões.
A Ancine, segundo a Folha de S. Paulo, fala em receitas em mais de R$ 20 bilhões por ano e que emprega 335 mil pessoas de modo geral.
Na avaliação do produtor cultural Felipe Halisson, que atua principalmente no audiovisual em Maringá, a decisão da agência é ruim, inclusive economicamente.