A Universidade Estadual de Maringá informou que três bolsas de iniciação cientifica foram cortadas. A medida aconteceu após o anúncio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) ter anunciado o corte de 4.500 bolsas nessa quinta-feira. No caso das três retiradas da UEM, eram de iniciação científica, para os pesquisadores na graduação. O corte aconteceu nas chamadas bolsas ociosas – ou seja, aquelas que estavam paradas após um aluno ter encerrado o projeto.
A UEM, agora, levanta os números relativos aos cortes na pós-graduação. O dado deve ser consolidado no início da próxima semana. O número, portanto, deve ser maior.
Segundo dados do CNPq, há 27 mil bolsas para iniciação científica (graduação), 8.650 para mestrado e 8.600 para doutorado. Os valores pagos são R$ 400, R$ 1.500 e R$ 2.200, respectivamente.
A decisão é do Governo Federal, e o motivo é a o reajuste de gastos. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, pasta onde o CNPq está, disse negociar com a Casa Civil a liberação de crédito suplementar para evitar a suspensão de pagamentos a bolsistas.
De acordo com Luiz Cótica, diretor de pesquisa da UEM, cortes na pesquisa prejudicam não só a ciência como a possibilidade o próprio aluno se manter na instituição.
No primeiro semestre houve um primeiro corte de bolsas, mas daí foi pela Capes e pontuação de programas de pós-graduação. Em junho, UEM foi informada que perderia 25 bolsas ao longo do ano em três programas, conforme os projetos fossem encerrados. Outras 12 bolsas já tinham sido congeladas.
Atualmente a UEM tem 56 programas de pós-graduação, entre mestrado e doutorado – e oferta 610 bolsas. Cerca de 300 são do CNPq.
A instituição tem 17 mil alunos ao todo.