Mais de 20 mil pessoas aguardam na fila por um transplante de órgãos.
É uma espera cercada de angústias.
Quando surge um órgão para o transplante o principal é que doador e receptor sejam compatíveis.
Mas até mesmo quem é compatível pode não receber o órgão por causa de outros fatores como o próprio estado de saúde.
Por isso, nem sempre o primeiro da fila é transplantado.
No dia 10 de julho deste ano, o agricultor Jorge Mansano, de 64 anos, morador de São Jorge do Ivaí, viveu essa angústia.
Ele sofre de uma doença hereditária, que provocou a falência dos rins. Jorge estava há seis anos na fila do transplante.
Na semana de 10 de julho, Jorge recebeu uma ligação, o tão esperado chamado do hospital.
Havia um doador e duas pessoas seriam beneficiadas.
Jorge era o sexto da fila com indicação para receber um rim.
Em questão de horas ele passou do sexto lugar na fila para o quarto e depois para a cirurgia.
O que ele descobriu em meio à corrida para o transplante é que com ele na escalada da fila estavam dois irmãos.
Um deles, Sérgio Mansano, de 67 anos, de Maringá, também recebeu um rim.
Uma dupla emoção num dia que a família nunca mais vai esquecer. [ouça o áudio]
Jorge ainda tem um irmão e uma sobrinha fazendo hemodiálise e à espera de um rim.
A família agradece o gesto de solidariedade que salvou os irmãos Jorge e Sérgio e espera que essa história sensibilize outras pessoas.[ouça o áudio]