Despejo de quase 300 famílias em obra paralisada é suspenso pela Justiça
Imagem Ilustrativa | Foto: Arquivo/CBN Maringá

Paiçandu

Despejo de quase 300 famílias em obra paralisada é suspenso pela Justiça

Paraná por Luciana Peña em 19/03/2024 - 11:22

A Justiça acolheu um pedido da Defensoria Pública do Paraná e suspendeu uma ação de reintegração de posse contra 1.500 pessoas que vivem num prédio inacabado em Paiçandu. O caso será analisado pela Comissão de Soluções Fundiárias do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), que inspirou uma resolução do Conselho Nacional de Justiça  (CNJ) para conflitos como este em todo o país.

O prédio inacabado em Paiçandu abriga 248 famílias que ocuparam a construção em 2023.

O local recebeu o nome de Comunidade Dom Helder Câmara.

Segundo a Defensoria Pública do Paraná, o prédio estava abandonado desde 2014.

A construtora responsável pela obra e que se apresenta como proprietária do terreno, entrou na Justiça com um pedido de reintegração de posse.

Em primeira instância, a reintegração foi concedida.

Mas a Defensoria Pública recorreu argumentando que desde 2015, uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determina que casos assim sejam acompanhados por uma série de órgãos.

A resolução foi inspirada no trabalho desenvolvido pela Comissão de Soluções Fundiárias do Tribunal de Justiça do Paraná, explica o defensor público João Victor Rozatti Longhi, coordenador do Núcleo Itinerante das Questões Fundiárias e Urbanísticas (Nufurb). [ouça o áudio]

Entre as famílias que vivem no local estão imigrantes em vulnerabilidade social. Mas o perfil exato dos moradores, se são de Paiçandu ou de outras cidades, será conhecido após uma visita técnica. [ouça o áudio]

A sentença de reintegração de posse está suspensa e a Comissão de Soluções Fundiárias do TJ irá mediar a questão em busca de uma solução sem que seja o despejo das famílias. [ouça o áudio]

A CBN está tentando contato com a construtora responsável pela área.

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