A decisão da Executiva do MDB Paranaense de interferir e reformular o diretório do partido em cidades como Maringá revoltou a direção local da sigla. O presidente do MDB na cidade, Umberto Crispim, chamou o presidente estadual, o deputado federal João Arruda, de Luis ‘XV Tupiniquim’ – uma referência ao monarca que controlou a França no século 18.
O MBD estadual decidiu nesta semana intervir nos diretórios por conta do que chama de infidelidade partidária e fraco desempenho, segundo João Arruda. Na avaliação dele, o partido em Maringá apoiou candidatos de outras siglas, que não as mdbistas. Arruda foi o candidato pelo MDB ao governo do Paraná. O partido, em Maringá, optou pela campanha de Cida Borghetti, do PP.
Por conta da decisão da executiva estadual, os diretórios de Maringá, Londrina, Ponta Grossa e Curitiba devem enviar uma lista com nomes de pré-candidatos a vereador e prefeito para as eleições municipais de 2020, até o segundo semestre.
Crispim, o presidente em Maringá, tem mandato até o segundo semestre de 2019. Ele chama de golpe a ação de Arruda. O político maringaense aponta o deputado federal como um ditador e diz que o MDB estadual quer criar um feudo.
Em relação à infidelidade partidária, Umberto Crispim afirma que a executiva do Paraná não tem respaldo para apontar o dedo para Maringá. O motivo seria a gestão anterior do partido do Paraná, que não apoiou o candidato à presidência Henrique Meirelles. Se não houver diálogo, o político maringaense pretende entrar na Justiça.
Questionado pela CBN sobre Umberto Crispim, João Arruda preferiu se manter neutro.
Entre outras disputas, o diretório maringaense do MDB não quer que a executiva estadual venda a sede do partido em Curitiba. O motivo para o negócio seria o pagamento de dívidas. Os mdbistas maringaenses querem saber como está a questão financeira da sigla no estado.