Na última terça-feira (19), foi celebrado o Dia do Índio. E cada vez mais é possível observar a inserção de povos indígenas no Ensino Superior. No Paraná, é lei desde 2001 que as universidades estaduais reservem ao menos três vagas em processos seletivos para povos indígenas.
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) segue essa política afirmativa. E em mais de duas décadas de execução, 43 índios já se graduaram pela instituição, em diversos cursos. E para seguir avançando neste campo, a UEM percorre comunidades indígenas em todo o Paraná, visando inscrever candidatos no Vestibular.
Em 2022, será realizada a 21ª edição do Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná. As inscrições seguem até o dia 30 de abril. Cada ano, uma universidade estadual fica responsável por organizar o processo seletivo, que neste ano é responsabilidade da Unespar. Mas desde a última segunda-feira (18), docentes da UEM já percorreram comunidades em três municípios, auxiliando nas inscrições dos candidatos, como explica a coordenadora da Comissão Universidade para os Índios (Cuia) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maria Christine. [ouça no áudio acima]
Na região, são aguardadas as inscrições de ao menos 50 candidatos. Em todo o Paraná, ao menos 400 indígenas devem participar do vestibular.
Atualmente, a UEM é a instituição de ensino superior que mais formou indígenas no Paraná. Além dos 43 já formados, existem outros 54 com graduações em andamento em diversos cursos, seja na modalidade presencial ou à distância.