Eleição para presidência da Câmara esquenta bastidores
Divulgação/CMM

Legislativo

Eleição para presidência da Câmara esquenta bastidores

Política por Luciana Peña em 27/11/2018 - 14:12

Vereador se queixa de concorrência desleal. Atual presidente é o favorito até o momento, mas vereadores questionam a busca por apoio  nos bastidores.

A eleição para a presidência da Câmara será na última sessão ordinária do ano, uma quinta-feira, 13 de dezembro. A presidência é um cargo cobiçado. O presidente assume a prefeitura na ausência do prefeito e do vice. Tem um salário maior: 13 mil 281 reais. Comanda as sessões, representa o Legislativo e tem domínio sobre um orçamento polpudo. Em 2018 o orçamento do Legislativo foi de quase 25 milhões de reais. Além de ter à disposição uma equipe de cinco assessores. Quem não quer ser presidente da Câmara? O atual presidente, Mário Hossokawa, quer a reeleição. E é o favorito até o momento. Belino Bravin declarou voto a Hossokawa. As razões: "Hossokawa é uma pessoa boa e que fez muito pela Câmara. Enfrentou início de gestão, reforma da Câmara, briga de vereadores...", diz ele.  O que o vereador Belino Bravin não citou é que na presidência da Câmara, Mário Hossokawa também adotou uma postura reprovável: o uso do cargo para retaliar uma empresa de comunicação, o GMC- Grupo Maringá de Comunicação. Atitude que rendeu notas de repúdio de sete associações de emissoras de rádio e televisão de vários estados. Outro vereador que declara voto a Hossokawa é Odair Fogueteiro. Perguntado se votaria num candidato que usa o cargo para retaliação a uma empresa de comunicação, Fogueteiro disse: “depende”.

Mas Hossokawa não é unanimidade. Surgem outros nomes. Flávio Mantovani, por exemplo.

E Sidnei Telles, que não se diz candidato, mas pertence a um bloco que quer mudança.

E um candidato certo é Chico Caiana, que está praticamente sozinho na disputa. E reclama de concorrência desleal porque nos bastidores estaria havendo negociação de cargos. “O atual presidente tem seus meios de tentar permanecer no cargo” , diz Caiana.

Mesmo indo para a Assembleia Legislativa em 2019, o vereador Homero Marchese vota no próximo presidente e diz que é importante renovação. Ele também diz que negociação de cargos é uma realidade nos parlamentos. “Os cargos na Câmara de Maringá, sem contar assessores de vereador, são sete. Mais o cargo do Legislativo na Maringá Previdência: 8. Exatamente o número de votos necessários para eleger um presidente” , diz o vereador.

O presidente da Câmara não quis comentar o assunto.

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