Foram os rápidos apagões durante as missas que acenderam o alerta. Numa das vezes, durante a comunhão, os fiéis pensaram que Dom Anuar estavam orando, mas os padres que acompanhavam de perto perceberam. Era como se tivesse perdido a consciência.
Aos 65 anos de idade Dom Anuar sofre agora o agravamento de sequelas de um derrame nos anos 2000. Por isso, a difícil decisão de renunciar ao cargo. O pedido foi feito meses atrás ao Papa Francisco. E nesta nessa quarta-feira a CNBB publicou a decisão do Papa de acolher o pedido de Dom Anuar. O agora arcebispo emérito de Maringá não deu entrevistas, mas leu na presença de jornalistas, a carta de renúncia, que começa com a explicação numa voz emocionada.
Dom Anuar citou obras realizadas durante sua administração, como a retomada do albergue Santa Luiza de Marillac. E comemorou o aumento de 14% no número de católicos em Maringá.
Até que o novo arcebispo de Maringá seja escolhido pelo Papa Francisco, a administração da arquidiocese ficará a cargo do bispo de Umuarama Frei João Mamede Filho, que virá a Maringá nessa quinta-feira e tem agenda com os padres na sexta. O presidente do Tribunal Eclesiástico, vigário Dirceu Alves do Nascimento, explica o que cabe ao administrador apostólico.
A escolha do novo arcebispo pode levar um ano.
Dom Anuar permanece morando em Maringá e pode continuar celebrando missas. Foi a primeira vez que um arcebispo de Maringá renunciou por problemas de saúde. Dom Jaime renunciou ao atingir a idade máxima para um arcebispo: 75 anos. E os outros arcebispos da cidade foram transferidos.