Foto: AEN

Existem três áreas de acumulação de fósseis pré-históricos no mundo: na Argentina, na China e no Brasil. Essas áreas são chamadas de “bone bed”, ou leito ósseo. No Brasil, o bone bed está em Cruzeiro do Oeste e a maior parte dos fósseis é de pterossauro, um réptil primo dos dinossauros, explica a historiadora Neurides Martins, diretora científica do Museu de Paleontologia de Cruzeiro do Oeste. A área de fósseis tem mais de 400 m² e o potencial de pesquisa é imenso, uma vez que apenas 20 m² foram escavados até o momento. “É a maior concentração de fósseis por metro quadrado. Nosso trabalho é extremamente delicado, por isso este ano vamos construir a primeira estação de pesquisa paleontológica do país, com 450 m², para trabalhar no local, sem remover os fósseis”, explica a cientista. O Museu, mantido pela Prefeitura de Cruzeiro do Oeste, recebe  milhares de visitantes por ano. “Em 2023 passaram mais de 30 mil pessoas pelo museu e no aniversário da cidade foram mais de 60 mil visitantes”, diz Neurides.

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