Em Iporã, secretário municipal é preso; presidente da Câmara é afastado
Esse é o resultado de quatro operações envolvendo Ministério Público, Gaeco e da Polícia Federal na cidade (Imagem Ilustrativa/Foto: Divulgação/Gaeco)

Após quatro operações

Em Iporã, secretário municipal é preso; presidente da Câmara é afastado

Paraná por Victor Simião em 09/06/2020 - 14:47

Quatro pessoas foram presas ao todo. Esse é o resultado de quatro operações envolvendo Ministério Público, Gaeco e da Polícia Federal na cidade. Todos os vereadores foram alvo de busca e apreensão.

Após uma série de operações realizadas pelo Ministério Público, Gaeco e Polícia Federal, o secretário municipal de licitações de Iporã, João Pedro Gea, foi preso. O presidente da Câmara de Vereadores da cidade, João Francisco Sibim, foi afastado. Iporã é um município no noroeste do Paraná, com menos de 15 mil habitantes, a 230 quilômetros de Maringá.

Ao todo, quatro operações foram realizadas na cidade nesta terça-feira (09). As investigações foram realizadas pelo Ministério Público de Iporã. Três operações contaram com o apoio do núcleo de Cascavel do Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. Uma, com o auxílio da Polícia Federal.

A Justiça emitiu mandados de busca e apreensão contra todos os nove vereadores na cidade. Além do presidente, dois servidores da Câmara foram afastados. A Justiça também determinou a suspensão de contrato entre o Executivo municipal e uma das empresas investigadas. O nome dela não foi revelado.

Ao todo, nas quatro operações, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão em casas, gabinetes de vereadores, na prefeitura municipal e na sede de uma empresa.

Os nomes das operações foram “Voto Caro”, investigando compras de votos em 2016; “Rescaldo”, apurando enriquecimento ilícito de vereadores; “Intermezzo”, contra organização criminosa que fraudava licitação com ajuda de políticos; e “Overbooking”, também tratando de investigar crimes em licitações.

O promotor de Justiça Alan Bolzan, um dos responsáveis pelas investigações, explicou que os trabalhos vinham sido feitos há algum tempo, e apontaram para supostos crimes feitos por agentes públicos. [ouça no áudio acima]

A CBN fez diversas ligações à Prefeitura, mas ninguém atendeu. Na Câmara, a informação foi a de que não haveria manifestação sobre o assunto.

Em um trabalho anterior, a operação “Cleptocracia”, o Ministério Público já havia revelado a existência de uma organização criminosa que praticava crimes licitatórios. O então prefeito e a procuradora foram afastados e cinco pessoas foram presas em 2019.

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