O lago do Parque do Ingá está secando. A situação é tão crítica que foi debatida numa audiência pública na Câmara Municipal de Maringá nesta quarta-feira (29).
O problema vem de longa data. A revisão do Plano de Manejo do Parque, que começou a ser implementada há dois meses, está colocando em prática uma solução emergencial: a extensão de galerias pluviais para abastecer o lago com a água da chuva.
O desafio é receber essa água sem lixo urbano para não poluir o lago.
A solução definitiva passa por um estudo científico que está sendo realizado para comprovar a principal hipótese para o desabastecimento do lago: a grande quantidade de poços artesianos abertos no entorno do parque.
O gerente regional da Sanepar, Sérgio Portela, diz que o número de poços ou fontes alternativas de captação de água aumentou muito nos últimos anos. [ouça o áudio acima]
A água também está ficando escassa para estes poços. Antes, muitos tinham 80 metros de profundidade. Hoje, precisam chegar a no mínimo 120 metros de profundidade para captar água suficiente.
Há ainda os poços clandestinos que fogem de qualquer fiscalização.
Caso fique comprovado que os poços estão secando as nascentes do parque, o Estado, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), poderá controlar e até restringir a captação de água pelos poços artesianos, diz o biólogo Rogério Lima, da Secretaria de Meio Ambiente (Sema). [ouça o áudio acima]
Uma lei que está tramitando na Câmara Municipal de Maringá prevê a proibição de abertura de novos poços no entorno do Parque.
O projeto é da vereadora Ana Lúcia Rodrigues, que propôs a audiência pública. [ouça o áudio acima]
O projeto está tramitando e foi enviado para a Comissão de Constituição e Justiça.
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