Um projeto chamado “AMA” está em fase de testes em Maringá. A iniciativa é desenvolvida por uma empresa de Curitiba, a “Smart Citizen”, e une tecnologia e meio ambiente. Por meio de um aplicativo, a plataforma AMA - Agentes do Meio Ambiente -, pessoas na cidade podem se cadastrar. Aí, elas se tornam responsáveis por uma área.
A ideia do programa, ainda em fase de teste, é que cada uma dessas pessoas cuide de um local na região. Dessa maneira, o município não precisaria fazer a limpeza - o que reduziria custos. Além disso, a proposta é que o cidadão seja MEI - um microempreendedor individual. Se for o caso, preste serviço a outras pessoas ou mesmo ao poder público. Ou seja, gere renda.
O projeto também permite que o morador, se quiser, só contribua com informações sem se tornar MEI. Aí ele pontua e troca por produtos ambientais como lixeiras e sacos de lixo.
O controle da limpeza ocorreria por meio de fotos enviadas pelo aplicativo. Em razão dos testes, já há pessoas cadastradas em Maringá.
A Prefeitura autorizou testes de limpeza ao longo do mês de outubro e parte de novembro. Não há custos para a cidade neste momento. A empresa tem atuado em Maringá desde o fim do ano passado.
O AMA se baseia em experiências internacionais, como Los Angeles. Além de Maringá, outras cidades estão passando por testes, explica o responsável pela Smart Citizen, Marcelo Lopes.
A proposta do aplicativo vai além da limpeza: é, também, para gerar dinheiro. A empresa responsável busca patrocinadores para financiar a ideia. Se tudo der certo, o passo seguinte é ofertar o projeto para os governos. O plano é não cobrar por isso, e sim atingir pessoas. Marcelo Lopes diz que, com isso, o gasto do poder público pode ser reduzido em até 60%. E a Smart Citizien pode ofertar outros serviços e ganhar dinheiro com os usuários do aplicativo.
A CBN procurou a Prefeitura de Maringá. Por meio da assessoria de imprensa, o Executivo reforçou que não há nada acordado a não ser a autorização para testes.