Escola não é lugar de violência
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Opinião

Escola não é lugar de violência

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 24/09/2020 - 08:24

Eu sempre acreditei e acredito que a educação é uma resposta. Ela é a forma como nós enfrentamos todos os dias os pequenos e os grandes problemas de nossa vida. Com a educação é que a gente enxuga as lágrimas dos olhos e com um sorriso imenso ilumina o futuro. É, e sempre será, pela educação que nós descobrimos uma infinidade de caminhos para se fazer uma sociedade melhor, de nós, um ser humano melhor e deixar para todos uma mensagem, VIVER VALE A PENA. NUNCA AGRIDA UM PROFESSOR, ele é o mensageiro da resposta que a sua vida precisa.

A agressão é física e principalmente moral. Desprezo e desvalorização. O problema é sério e tem raízes profundas quando se fala da violência contra os professores. Precisamos olhar para o passado e compreender melhor o que a educação significa neste país. Ela vem sempre da retórica, do discurso sem ação. Do que se fala que nunca é comprovado pelo que se faz. 

Ao longo dos anos, as políticas educacionais fracassam, andam ao prazer do olhar míope de governantes, pessoas que nunca frequentaram um ambiente educacional e perceberam o trabalho da docência com a dimensão que precisa ter. A escola não resolve os problemas do mundo, quem resolve são os seres humanos que frequentam ou não o ambiente escolar. 

Também é na escola que a sociedade expressa o que é e o que valoriza. Dentro dela, os seres humanos que a frequentam são uma expressão do bem e do mal que nos cerca. Nos bancos escolares estão sentados não só pessoas, mas as dores e amores que a sociedade produz. Desgostos e alegrias, honra e desrespeito. Cada família está sentada ao lados das crianças, jovens e adolescentes nos fatos que se desdobram nas escolas. 

Um professor é uma expressão viva desta condição. A docência é admirada e desprezada. Um levantamento do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) através do movimento Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) mostra que apenas 3,3% de estudantes entre 15 e 16 anos querem seguir a carreira docente.

Os dados apresentam também que os alunos que têm melhor desempenho nas áreas básicas da educação, português e matemática, são os que menos se interessam em ser professor. Em países com um melhor ranking na educação, o desejo de ser docente aumenta significativamente, no Japão o índice é de 7,1%. E a maioria dos alunos que querem esta vida profissional tem um melhor desempenho escolar.

Logo, nós já desprezamos a docência na prática há muito tempo. Definhamos o papel da escola na proporção em que multiplicamos a quantidade de estabelecimentos educacionais. Quanto mais vagas oferecemos menos mérito damos a quem lida com a educação. Fabricamos uma titularidade e não geramos um ser humano a altura do que sua identificação acadêmica deveria refletir em seus atos. 

Estes dias da semana quero trazer algumas reflexões sobre a vida dos educadores no Brasil. A busca de entender a escola e de lutar para que a violência dentro do ambiente educacional seja combatida. Para entender mais este propósito, acesse o site www.heroisdaeducacao.com.br e participe de uma ação para aprovar lei no Congresso Nacional para conter a violência dentro do ambiente escolar.

Quer fazer contato com Gilson Aguiar, encaminhar uma sugestão? Envie uma mensagem para o WhatsApp da CBN Maringá. O número é (44) 99877 9550.

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