25% da população de Maringá tem alguma dívida não paga. São 106 mil maringaenses com o nome no banco de dados da Serasa. Quem deve, deixa de comprar. E vive no sufoco.
“Você não dorme direito, só fica pensando no que tem que pagar”
Essa aí, a Ana Ribeiro, precisa uma aula de educação financeira.
“Ainda mais hoje em dia, com tanta facilidade de crédito, a gente vai gastando sem pensar”
Nesta semana Maringá mergulhou em educação financeira. Foi uma semana de palestras, work shops, consultorias em praças públicas... Com dicas como essa, do economista Edgar Abreu, da Brasilprev.
“O brasileiro paga as contas e se sobrar alguma coisa ele guarda. A postura tem que ser invertida: primeiro guarda, não importa quanto, mas se acostuma a guardar todo mês.
Ou como essa, da professora da Fundação Getúlio Vargas, Ana Paula Hornos.
“Se você treina o seu filho, desde pequeno, a esperar... A paciência é uma habilidade que leva a uma vida financeira saudável”
E na semana de educação financeira Maringá lançou o movimento Prosperingá, para ensinar toda a população a lidar com dinheiro e gerar riqueza. Iniciativa do Conselho de Desenvolvimento Econômico. O presidente do Codem, José Roberto Mattos, reconhece que o projeto é ambicioso.
“ A ambição maior é que de repente não fique só no Prosperingá, quem sabe Prospera Sarandi, Londrina, Paraná e quem sabe Prospera Brasil”
E a ideia é ensinar finanças pessoais logo cedo, na escola. Na rede municipal, o prefeito Ulisses Maia diz que está tudo certo para implantar o projeto.
“Já é também uma determinação do MEC que isso conste da Base Nacional Curricular. E aqui nós vamos preparar os novos profissionais, investidores, empresários...”
Na rede estadual, o alcance será para todo o Paraná. O Secretário Estadual de Educação Renato Feder diz que no ano que vem os estudantes devem receber noções de educação financeira.
“A gente está neste momento preparando o material didático. E neste material a gente quer incorporar matemática financeira e educação financeira”
Se a Ana Ribeiro não aprender a lidar com o dinheiro, pelo menos os filhos dela, com certeza, vão aprender.
“ Para eles terem uma vida tranquila, feliz. É isso que traz felicidade: tranquilidade”
A proposta também deve chegar à rede particular de ensino.