As escolas particulares estão desde março fechadas. As aulas são de forma remota para o ensino fundamental e médio. E muitas aplicaram descontos nas mensalidades.
A situação financeira é crítica. Principalmente para as escolas de educação infantil. Muitos pais cancelaram as matrículas. Resultado: muitos professores foram demitidos.
É por isso que as escolas pedem o retorno de pelo menos turmas menores, de até cinco alunos, para atendimento psicopedagógico.
A professora e empresária Maracelis Gesualdo diz que precisou demitir 30% dos colaboradores. Ela tem duas escolas: uma de educação infantil e outra de fundamental. A de educação infantil ela foi obrigada a fechar. [ouça no áudio acima]
E agora os empresários do setor observam uma situação nova e polêmica: profissionais da área de educação estão oferecendo serviços individualizados na casa dos alunos. Um serviço que surgiu porque muitos pais, para não deixar os filhos sozinhos enquanto trabalham, e porque as crianças precisam de auxílio para o desenvolvimento cognitivo, estão contratando estes profissionais, alguns, inclusive, que foram demitidos de escolas particulares. [ouça no áudio acima]
Situação identificada também pela empresária Adalgisa Martins Victor. A escola dela perdeu todos os alunos de 0 a 3 anos. As crianças de 4 e 5 anos estão recebendo atendimento online. Apesar da saída de alunos, nenhum professor foi demitido. Os funcionários entraram no Plano Emergencial de Manutenção do Emprego, para que a escola pudesse em contrapartida oferecer descontos nas mensalidades. Mas Adalgisa não sabe até quando vai conseguir manter a escola aberta. Ainda mais com a concorrência de profissionais que atendem nas casas dos alunos. [ouça no áudio acima]
A Prefeitura de Maringá informou aos empresários do setor que dará uma resposta sobre a retomada de atendimento presencial na semana que vem.