Esta terça-feira, dia 04 de agosto, será movimentada para a CPI da Saúde. Um novo membro deverá ser indicado para compor a comissão. A indicação será feita pela manhã, durante a sessão ordinária na Câmara de Vereadores. A designação cabe ao presidente da Casa, vereador Mário Hossokawa. A medida ocorre porque Chico Caiana, que fazia parte da CPI, morreu na semana passada.
Além disso, durante a tarde, o secretário municipal de Saúde, Jair Biatto, irá prestar depoimento aos vereadores. Ele deveria ter sido ouvido na semana passada, mas não houve reunião da CPI porque Caiana estava internado naquele momento, e o grupo decidiu não realizar os trabalhos.
A CPI foi criada após uma afirmação de Biatto. Em maio ele disse que o município pagava até três vezes mais na compra de produtos. Depois, se explicou e falou que havia motivos para isso: burocracia e alta demanda por insumos.
O vereador Flávio Mantovani é o presidente da CPI; Sidnei Telles é o relator.
Para a comissão, o depoimento de Biatto deverá esclarecer de uma vez por todas se a afirmação dele é algo que acontece de forma recorrente ou não.
Um secretário já foi ouvido, assim como um vereador e um empresário. Documentos da Prefeitura de Maringá e do Observatório Social já foram analisados. Em resumo, de 25 itens avaliados, dois foram comprados por preços mais altos que o de mercado. O que, segundo a CPI, significa que a afirmação de Biatto foi infeliz e não condiz com a realidade.
Para vereadores de oposição, a comissão analisa apenas os últimos 12 meses quando deveria, na verdade, investigar toda a gestão. A CPI já disse que qualquer fato anterior, se denunciado, será apurado.
O presidente da comissão parlamentar de inquérito, vereador Flávio Mantovani, já disse à CBN que o depoimento de Jair Biatto poderá ser o último e explicar o que de fato acontece na saúde. [ouça no áudio acima]
Em um depoimento anterior, o secretário municipal de Patrimônio, Logística e Compras, Paulo Carstens, disse desconhecer gastos acima da média na saúde. Ele afirmou que havia encontrado problemas em gestões anteriores - e que os documentos já tinham sido enviados ao Ministério Público.
A CPI informou que afirmações sobre gestões passadas serão inseridas no relatório a ser enviado ao MP.
No momento, o Ministério Público também apura o caso.
A Prefeitura de Maringá já disse apoiar a CPI e que irá prestar todos os esclarecimentos necessários.