A população brasileira está envelhecendo. O país tinha 2,6 milhões de idosos em 1950 e agora tem mas de 29,8 milhões. Este número vai dobrar nos próximos vinte anos. Entre 2040 a 2045 nós teremos mais de 60 milhões de idosos.
No Paraná não é diferente, a população mais velha, com mais de sessenta anos, cresceu entre 2010 a 2019 em 44%, são 1,7 milhão de idosos. E não deve parar por aí, em 2036, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chegaremos a mais 2,6 milhões de pessoas com mais de 60 anos.
Envelhecer não é o problema, ficar velho é. Ser um idoso é o destino de todos. Alguns, e não são poucos, já estão vivendo a chamada terceira idade. Porém, o problema é como se chega com esta idade.
A boa notícia é que não vamos estar sozinhos. A velhice não será um abandono no futuro. Já está mudando mesmo agora. Temos mais pessoas com 60 ou mais. Vivemos em uma sociedade que tende a predominar os mais velhos. Os ambientes projetados para atender as necessidades da população idosa vão se multiplicar. Logo, são e serão a maioria.
Vivemos em um passado não muito distante o drama de envelhecer. Agora, o drama é outro, fica velho no comportamento, na forma de encarar a vida. Temos uma intensidade a ser mantida. As mudanças vão se multiplicar e continuar sendo uma opção para os sessentões.
Se você está na faixa dos quarenta ou cinquenta, como eu, pense que ainda há tempo para muitas coisas, para a algumas das que você ainda não realizou desde a primeira juventude. É possível começos e recomeços. Sem culpa e sem medo. Podemos nos aventurar de novo. Uma nova profissão ou um novo amor.
Nem mesmo a solidão é problema. Viver sozinho na privacidade não implica em ter uma vida privada de solidão. Conviver com outras pessoas de nossa idade se torna comum e inevitável quando uma população envelhece. Logo, use isso ao se favor, a população está envelhecendo, mas não fique velho, apenas aprenda que viver mais tempo é ter oportunidade de com mais maturidade ter a chance de acertar. Aproveite.