Estudantes sarandienses que cursam o ensino superior em Maringá querem impedir a retirada do transporte público e gratuito cedido pelo município, que faz o trajeto Sarandi-Maringá durante as noites. É que Sarandi, que oferta dois veículos, vai retirar os ônibus de circulação em 2019. A justificativa é que a cidade tem de cumprir uma recomendação do Ministério Público e porque há problemas na educação infantil.
Atualmente, 80 pessoas vêm a Maringá estudar em instituições privadas e públicas.
Uma delas é Emily Gomes, que cursa Letras na Universidade Estadual de Maringá. Ela participa de uma comissão de alunos que discute o tema. Segundo a acadêmica, a retirada do transporte vai prejudicar e muito. Tem gente vai trancar o curso, diz.
Thais Andrade, que cursa História na UEM, quer que os ônibus fiquem. E, mais do que isso, é necessário ter veículos disponibilizados pela prefeitura para quem estuda em Maringá de manhã e de tarde, afirma.
O procurador jurídico de Sarandi, Fabio Massao, diz que já se reuniu com os alunos e explicou para eles a situação. Constitucionalmente, o município não tem obrigação de fornecer transporte gratuito para quem está no ensino superior. Além disso, segundo ele, a cidade tem problemas com a educação básica, com 2400 crianças sem vagas em creche. Massao lamenta a situação, mas diz que foi uma recomendação do Ministério Público. Caso Sarandi não cumpra a medida, poderá ter problemas de improbidade, afirma.
O DCE, Diretório Central dos Estudantes, da UEM, se manifestou por nota em uma rede social. Em texto, estudantil afirma que está à disposição para auxiliar os graduandos.
Na segunda-feira, os estudantes vão à Câmara de Vereadores para pedir auxilio aos parlamentares.