Ética, Verdade e a Profissão do Corretor de Imóveis: Um Diálogo Necessário
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Opinião

Ética, Verdade e a Profissão do Corretor de Imóveis: Um Diálogo Necessário

O comentário de Gilson Aguiar por Gilson Aguiar em 09/07/2025 - 08:00

Reconhecendo o diálogo com o ouvinte

Hoje, dedico este espaço para dialogar com Edno Canassim, ouvinte atento e crítico, que me enviou uma análise do meu comentário anterior sobre a mentira e sua presença — ou ausência — em algumas práticas profissionais. No comentário de ontem, destaquei como, em certos ambientes, o ato de mentir é relativizado a ponto de ser quase visto como uma virtude. Fiz questão de citar que, no caso da corretagem de imóveis, esse tipo de atitude deveria ser sempre uma exceção, nunca a regra.

Edno, no entanto, interpretou minhas palavras como um ataque à profissão do corretor de imóveis. E é a essa leitura que quero responder com o devido respeito e clareza.

Jamais um ataque, sempre uma análise ética

Em nenhum momento, Edno, minha intenção foi desqualificar a profissão de corretor. Pelo contrário, grande parte do meu trabalho atual tem como foco o estudo da ética e da cultura no mercado imobiliário e condominial — campos que exigem análise crítica, mas também valorização das boas práticas e dos profissionais sérios que neles atuam.

O corretor de imóveis, como qualquer outro profissional, está inserido num sistema de escolhas éticas. E foi exatamente sobre isso que falei: sobre como, diante das exigências do mercado e das pressões do lucro, alguns podem escolher caminhos obscuros — e como essa escolha, infelizmente, não é exclusiva de uma profissão. A mentira, quando ocorre, é fruto da decisão de indivíduos, não de uma categoria inteira.

Mentir é uma escolha — e ela pertence a cada um

A mentira não é inerente à corretagem de imóveis, assim como não é à medicina, ao jornalismo, à advocacia, ao magistério. Médicos podem mentir. Professores também. Jornalistas, advogados — todos podem, em algum momento, ceder à tentação de distorcer a verdade por conveniência, medo ou interesse. Mas essa é uma escolha individual, não uma condenação coletiva.

A profissão de corretor de imóveis é, sim, digna, necessária e poderosa. Ela tem a capacidade de transformar sonhos em realidade, de mediar conflitos, de aproximar pessoas de suas conquistas. E merece, por isso, todo o respeito.

Um convite ao debate honesto

Agradeço, sinceramente, a mensagem do Edno. O diálogo é sempre bem-vindo — especialmente quando nos permite esclarecer mal-entendidos e reafirmar compromissos com a verdade, a ética e o respeito profissional.

Que este seja apenas mais um passo em direção a um mercado imobiliário cada vez mais transparente, ético e humano.

 

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