Porto de Paranaguá (Imagem ilustrativa/Foto: André Kasczeszen/APPA/arquivo)

No acumulado de janeiro a julho de 2022 as exportações do Paraná cresceram 13,9%, se comparado como mesmo período de 2021.

Embora a estiagem tenha causado prejuízos na economia paranaense, afetando principalmente a produção de soja, os números da exportação cresceram.

De acordo com levantamento da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint), vinculada ao Ministério da Economia, os valores passaram de US$ 11,1 bilhões (R$ 56,61 bilhões pela cotação atual) para US$ 12,6 bilhões (R$ 64,26 bilhões).

O crescimento na exportação foi em razão de itens como óleo de soja bruto (+187,9%), óleos e combustíveis (+123,5%), papel (+75%), madeira (+57%) e carne de frango in natura (+42,8%).

Também houve aumento na exportação de bens de alto conteúdo tecnológico. A comercialização de tratores, por exemplo, apresentou expansão de 83,2%. Em relação a veículos de carga cresceram 39% e o setor de autopeças registrou aumento de 31,8%.

Esse quadro mostra que o a expansão da industrialização no estado resultou no bom desempenho na exportação, amenizando os efeitos causados pela estiagem à produção de grãos, setor dos mais representativos na pauta de exportação paranaense.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a redução na produção de soja foi de 38,6%. Na safra de 2020/2021, o estado colheu 19,9 milhões de toneladas, sendo que na safra 2021/2022, houve redução para 12,2 milhões.

Como consequência, as exportações de oleaginosas (soja em grão), responsável por mais de 17% de toda a exportação paranaense, apresentaram decréscimo de 30,4% nos sete primeiros meses deste ano. O açúcar bruto, por sua vez, caiu 25,1% no período.

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