Força-tarefa irá atender estudantes em vulnerabilidade social da rede municipal de ensino em Maringá
Foto: Aldemir de Moraes/PMM

Educação

Força-tarefa irá atender estudantes em vulnerabilidade social da rede municipal de ensino em Maringá

Educação por Luciana Peña em 24/07/2021 - 09:06

As aulas presenciais na rede municipal serão retomadas na quarta-feira (28). Um levantamento do Conselho Municipal de Educação apontou que muitos alunos reprovaram por falta ou abandonaram a escola durante a pandemia. E a vulnerabilidade social se agravou para muitas famílias, dando margem a casos  como o que se viu nessa sexta-feira (23), com a prisão de pastores acusados de explorar trabalho escravo infantil. 

Durante a pandemia, os alunos da rede municipal de ensino em Maringá foram atendidos com atividades impressas. Os pais iam à escola periodicamente, buscavam as tarefas e depois de um prazo para os alunos realizarem a lição, o material era devolvido à escola.

Quando a tarefa não era entregue ou era devolvida em branco, o aluno levava falta. A determinação é da Secretaria de Estado da Educação.

O Conselho de Educação de Maringá fez um levantamento que apontou que em 2020 muitos estudantes levaram faltas. E por causa do acúmulo de faltas, muitos alunos reprovaram em 2020.

Este ano a situação até piorou. A coordenadora da comissão criada pelo Conselho Municipal de Educação para acompanhar o assunto, Cibele Telles Campos, falou sobre o aumento de reprovação por falta no dia 2 de julho. [ouça o áudio acima]

Pouco tempo depois, em entrevista à repórter Letícia Tristão, o prefeito Ulisses Maia disse que uma força-tarefa seria criada para uma busca ativa às crianças que deixaram a escola. [ouça o áudio acima]

Nessa sexta-feira (23), a força-tarefa multidisciplinar foi anunciada pela Prefeitura de Maringá. O foco é identificar alunos com perda pedagógica nas 118 escolas municipais. O mapeamento de crianças com necessidade de atenção será acompanhado pela Secretaria de Saúde e pela Assistência Social.

O conselheiro tutelar Jesiel Carrara diz que a força-tarefa é resultado do trabalho da comissão, mas a rede de proteção às famílias vulneráveis vai precisar de um reforço no número de servidores. [ouça o áudio acima]

Nessa sexta-feira (23), a operação do Nucria, que investiga pastores acusados de explorar o trabalho escravo de crianças, deixou claro como durante a pandemia crianças e adolescentes ficaram mais vulneráveis. As cinco crianças obrigadas a vender pizzas trabalhavam doze horas por dia e só tinham descanso num dia da semana para realizar as tarefas da escola.
Entregando as tarefas, ninguém desconfiaria do que estava acontecendo. O caso mostra que não é preciso assistir apenas os alunos que estão levando falta ou reprovando.

 

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