Não podemos negar a importância da cidade como o espaço de convivência comum. Nela que construímos nossas vidas e aprendemos a respeitar e tolerar. Não existe outro lugar onde educamos nossa capacidade de entendermos as diferenças. A cidade é a moradia da maioria da população mundial e de 85% da população brasileira. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam para 91% da população brasileira vivendo nos espaços urbanos até 2030.
Se a cidade é o nosso lar, como vivemos e convivemos nela? Esta deve ser uma preocupação comum. Todos devemos nos engajar em ações para a liberdade dentro da cidade. Garantir que exista um ambiente que atenta as necessidades básicas, garanta oportunidades, construa uma democracia sem tirar o direito a particularidade. Viver e conviver melhor.
Alguns dados demonstram que a cidade que herdamos de nossos pais não será a que nossos filhos vão herdar. A ocupação do solo no espaço urbano, por exemplo, é um dilema. As moradias já não duram tanto tempo. Se refaz as edificações urbanas constantemente. A tendência é que o agrupamento familiar venha a se alterar e as moradias de grande porte serão mais o resultado o excesso do que de eficiência.
Por isso, temos que projetar o futuro pensando nas tendências de uma vida fundada nos na vida do indivíduo em uma comunidade urbana. As relações sociais mais flexíveis e a mobilidade intensa serão hábitos comuns. As relações são menos duradouras na atualidade, isso reflete na organização urbana. A vida urbana e seu movimento vieram para ficar. Por isso, temos que construir ações de convivência, ocupar os espaços urbanos com eventos das mais diversas finalidades, gerar vida. Porque tudo começa na cidade.