Amor ao trabalho?
A prefeitura de Maringá vai abrir sindicância para apurar horas extras que já custaram mais de 2 milhões de reais ao município. Em 2017, o excedente de horas custou R$ 20 milhões. 80 servidores serão ouvidos, também diretores. Três secretarias são as que mais apresentaram horas extras, Serviços Públicos, Educação e Esportes.
Para se ter uma ideia do tamanho do arrombo que as horas extras promovem, a média dos 80 servidores que serão investigados é de 100 horas mês. O que representa 20 dias a mais de trabalhado. O principal argumento de quem faz horas extras são dois, substituir quem falta e baixos salários.
O poder público municipal está preocupado com o aumento gradativo do gasto com o funcionalismo, que já atinge metade do orçamento. Com concurso aberto e novas contratações a caminho, o arrombo tende a aumentar. Afinal, todos querem ser funcionário público. A busca da estabilidade e de um ganho estável. O estado é o maior empregador do país.
Como resolver? Reduzindo a máquina pública. Reduzir o número de funcionários públicos e terceirizar serviços. Estabelecer contratos com empresas, com prazos determinados e estabelecendo pagamento diante de serviços prestados de fato. Controlar a qualidade do que é prestado ao poder público e a população. Privatização melhora o desempenho e com honestidade resolve.
O grande problema é que a máquina pública é agredida pela má intensão. Se há o homem público que quer fazer a vida na política, há o funcionário público que deseja tirar proveito da coisa pública, da máquina do estado, para ganhar um pouco mais e trabalhar o mínimo possível. Quando há os que trabalham, sempre estão na substituição dos que faltam. A educação é recheada da ausência de professores em sala. Tem que haver merecimento para quem produz mais, também, punir e demitir quem não trabalha.
O concurso aberto pela prefeitura para contratar novos funcionários públicos tem uma grande procura. O desejo de entrar para o corpo de servidores municipais é razoável. Chama a atenção. O sonho da segurança e ganho subsidiados sem tanta exigência. Fazer parte da corporação do funcionalismo. Lamentável para quem trabalha dentro da máquina pública e produz. Dividir espaço com quem faz o mínimo e exige direitos respaldados por um estatuto que valoriza a todos por igual e nunca seleciona o “joio do trigo”.