A injustiça tributária
O Brasil é um país injusto. Não só na desigualdade econômica, mas na cobrança de impostos. Estamos assistindo ao movimento dos caminhoneiros por todo o país na busca de reduzir a carga tributária sobre os combustíveis, em especial o diesel, que é 27%. Sobre a gasolina é 43% e sobre o etanol 26%. Estas porcentagens podem ser entendidas no site da Federação Nacional de Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustível).
Um levantamento feito pela revista Exame, mostra que o Brasil tem uma carga tributária de 35% sobre o Produto Interno Bruto (PIB), a maior da América Latina, cuja a média é de 25%. Temos uma tributação de primeiro mundo. Na Europa ocidental a média é de 37%. Contudo, nossos serviços públicos são de baixa qualidade. O gasto com a máquina pública é imenso. Há uma má gestão de recursos.
A condição tributária brasileira precisa mudar. Além de pesada, a tributação é injusta, pesa mais para os mais pobres. Se tributa inúmeras vezes o mesmo produto. Os impostos são mais elevados para quem ganha menos e mais leves para as grandes fortunas. Praticamente, os brasileiros deixam cinco meses de seu ano de trabalho como tributação.
A máquina pública consome a produtividade que já é baixa e não retorna para melhorar a condição do país na mesma proporção. O poder público ainda é o grande consumidor de grande parte dos produtos cuja as vendas são direcionadas e em inúmeros casos são cartas marcadas. As empresas que obtém sucesso são apadrinhadas do Estado. Os escândalos de desvio de recursos públicos demonstram isso.
Temos que reduzir o tamanho do Estado. Temos que incentivar uma economia de mercado fundada no mérito e não no favorecimento. Precisamos progredir pela produtividade e não pelo controle de mercado e intervencionismo estatal.