Estamos sentindo na pele o quanto o país depende do transporte rodoviário. Cada um de nós, no seu dia a dia, começa a sentir os efeitos da paralisação dos caminhoneiros. Lembrando que o movimento pede a redução de impostos sobre o diesel. Hoje, 48% do preço dos combustíveis representa a carga de impostos.
Na vida social há uma dependência em cadeia, complexa, e que, neste caso, é vital. Por isso, merece respeito. Um tratamento mais adequado. É preciso que se pense no peso dos impostos no país. No caso dos combustíveis, do diesel, o quanto ele impacta sobre a cadeia produtiva do país. Vários estabelecimentos comerciais já sentem os efeitos da falta de abastecimento.
O governo federal demonstra fragilidade em lidar com o tema. Em crise, sem bases no Congresso para apoiar uma decisão mais ampla, o governo agoniza. Vai demonstrando sua incapacidade. Exatamente em um ano de eleição. Até onde vai os reflexos desta paralisação que estamos assistindo?
A preocupação maior com a pouca eficiência do governo são os radicalismos. A solução imediatista com intervencionismo. Radicalização não é a solução. Tem quem peça a uma tomada do poder pelos militares. Outros, falam do país ingovernável. O que interessa é entender que o momento é de repensar os reais problemas e seus fatores. Os caminhoneiros estão demonstrando isso. Estão denunciando o peso da carga tributária sobre os combustíveis.
Temos que aproveitar o momento para colocar na pauta de reivindicações a redução dos impostos. Reduzir o tamanho da interferência do estado, o privilégio de empresas que controlam o mercado de combustíveis e o peso da Petrobrás na vida dos brasileiros. Uma greve não é momento de golpismos, mas de compreensão do que move as nossas vidas e o quanto ela poderia ser melhor sem alguns entraves, entre eles, impostos elevados e a interferência do estado.