O presidente da república postou sobre o Carnaval. Uma cena erótica, um ato obsceno entre tantos que acontecem todos os dias. Mais exposto durante a festa popular. Uma cena bizarra exposta para quem quiser ver. Bolsonaro ajudou um pouco mais a divulgar. Fez a crítica e disse que não poderia deixar de mostrar ao povo o que acontece. Mas alguém não sabia? Como na política, o Carnaval tem suas cenas obscenas.
Homens saindo de restaurantes com mala de dinheiro, uma fortuna escondida em um apartamento, tudo em dinheiro vivo. Há um carnaval de corrupção. Não por acaso o ex-presidente Lula está preso, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, inclusive, disse que o dinheiro e o poder viciam. Sexo e carnaval também. Isto gera abusos.
Mas se há esperança na política, há também no Carnaval. Na festa democrática, assim como na forma de governo, a representatividade nem sempre expressa nossos interesses. Bolsonaro foi eleito democraticamente. Ele foi fruto da escolha da maioria dos brasileiros. Fez campanha para isso. Logo, ele, como a festa popular, é uma expressão do popular.
Se não podemos generalizar o Carnaval, não podemos generalizar a política. Foi esta vontade de dar certo que colocou o capitão no poder. Não foi golpe, foi o voto que fez o Planalto ser ocupado por um militar reformado, ficar mais verde oliva. Não se generalizam os militares pela farda. Também o Carnaval em uma cena.
Mentes tolas fazem de um exemplo a regra. Mentes inteligentes entendem que uma cena é uma possibilidade e que se fosse regra seria consenso. Mas, na internet, onde a liberdade permite a expressão, cada um expressa sua inteligência e a falta dela. É a democracia, vale para o presidente da república também.
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